II Congresso da Agricultura Familiar de Santa Catarina reúne mais de 2 mil pessoas

    Determinação, responsabilidade, emoção e afirmação são os sentimentos que resumem o II Congresso da Agricultura Familiar de Santa Catarina que aconteceu nesta quinta-feira, 03, no município de Pinhalzinho – SC. Mais de duas mil pessoas compareceram ao evento para reafirmar o compromisso com a agricultura familiar catarinense.

    No primeiro momento do evento os participantes puderam assistir a mística de abertura, apresentada e elaborada pelos jovens agricultores familiares, que contou a história e origem da primeira Federação a representar a agricultura familiar brasileira. Após isto, foi aprovado o regimento da Federação e eleita a nova diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar de Santa Catarina (FETRAF-SC). A primeira direção da Fetrafesc, criada em 1997, foi homenageada no evento.

    Autoridades políticas, representantes de sindicatos e associações, entidades da agricultura familiar e agentes financeiros também prestigiaram o Congresso. A atual presidente da Central Única dos Trabalhadores no Estado, Anna Julia Rodrigues, assegurou em seu pronunciamento que não será aceito a retirada de direitos dos trabalhadores e que a luta por novas políticas públicas continua.

    Marcos Rochinski, coordenador geral da FETRAF-BRASIL, afirmou que Santa Catarina é motivo de orgulho por ser pioneiro no sindicalismo combativo. A diretora do Departamento de Ações de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Severine Macedo, se emocionou ao relembrar sua trajetória como coordenadora da FETRAF-SUL/CUT. “Vida longa para essa organização que me ensinou a lutar pelos trabalhadores e pela agricultura familiar”, disse Severine.

    Encerrando os pronunciamentos, o coordenador da FETRAF-SC (eleito no Congresso), Alexandre Bergamin, garantiu que o trabalho continua. “Vamos lutar por uma legislação específica para as agroindústrias familiares e para que a agricultura familiar seja reconhecida no Ministério do Trabalho. Queremos que a Lei do Cooperativismo reconheça as mais de 700 cooperativas da agricultura familiar e economia solidária que não estão filiadas na Ocesc. E isso é só o começo, temos muito trabalho e luta pela frente” ressaltou Bergamin. O coordenador também defendeu a democracia e o governo Federal, que, nos últimos anos criou políticas públicas importantes para urbanos e rurais.

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    Para finalizar o II Congresso da Agricultura Familiar de Santa Catarina os agricultores familiares participaram de uma caminhada até a praça central de Pinhalzinho. “Ir para as ruas é uma marca da nossa luta para mostrar à população as necessidades e reivindicações do agricultor familiar”, disse Bergamin. Durante a caminhada foi denunciado o “calote” de empresas que não pagaram a produção entregue (leite, fumo, aves) e apontado o descaso do governo Federal e Estadual que não cumpriram com a responsabilidade do Seguro Rural.

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    Informações

    Alexandre Bergamin – (49) 8829 2577

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