Indígenas, idosos com mais de 75 anos e os profissionais de saúde serão a prioridade do governo federal no início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil.
O planejamento foi apresentado, nesta terça-feira (1º), pelo Ministério da Saúde em reunião com um comitê de especialistas para debater o plano de imunização nacional.
De acordo com técnicos do Ministério da Saúde, a campanha seria realizada em quatro fases. A pasta estima imunizar, nos quatro grupos, cerca de 51 milhões de brasileiros.
Confira as etapas:
Na primeira fase, seriam vacinados os idosos com 75 anos ou mais, indígenas, profissionais de saúde e idosos acima de 60 anos que vivem em instituições de longa permanência. A pasta calcula que a necessidade para essa primeira fase será de 29,4 milhões de doses, considerando duas para cada pessoa e mais 5% de perda estimada.
No segundo momento, a promessa é de vacinar os brasileiros com mais de 60 anos, dos mais velhos para os mais jovens. A pasta classificou, para essa segunda fase, idosos entre 70 e 74 anos, seguidos pelas faixas etárias de 65 a 69 anos e 60 a 64. Serão cerca de 21 milhões de vacinados nesse grupo.
Na terceira fase da campanha, serão imunizadas pessoas maiores de 18 anos com comorbidades. A pasta informou que seriam elas: diabete, hipertensão arterial, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, transplantados de órgão sólido, pacientes com anemia falciforme, câncer (com diagnóstico nos últimos cinco anos) e obesidade grave (IMC acima de 40). A estimativa é de imunizar 12,6 milhões de pessoas.
A quarta e última fase deve abranger professores, profissionais de segurança, população carcerária e funcionários do sistema prisional.Os grupos somam cerca de 4 milhões de pessoas.
Doses já garantidas
O Ministério da Saúde garante que já possui 142,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. O imunizante da Fiocruz e a AstraZeneca, com 100,4 milhões, e a Covax Facility, 42,5 milhões.
Por meio de nota, o ministério reforça que se trata de “definições preliminares” da estratégia que vai pautar a vacinação da população contra o Sars-CoV-2.
Além do Ministério da Saúde, participaram da reunião: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); o Instituto Nacional de Controle e Qualidade em Saúde (INCQS); a Fiocruz; o Instituto Butantan; o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar); sociedades médicas; conselhos federais da área da Saúde; Médicos Sem Fronteiras; e integrantes dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde (Conass e Conasems).