Por Lucía Berbeo.
Doze anos se passaram desde a semeadura de um dos líderes mais carismáticos da América Latina, um homem realista e corajoso, Hugo Chávez Frías, que liderou o governo da Venezuela por mais de uma década e foi reconhecido como um dos líderes mais influentes no cenário internacional por seu trabalho constante em prol da integração dos países do continente.
Ele apoiou a cooperação entre as nações da América do Sul e do Caribe, desempenhou um papel importante na criação da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América.
Para a Coordenadora do Movimento de Mulheres “Argelia Velásquez Carrizales”, Judith López Guevara, o Comandante Hugo Chávez deixou uma marca indelével na história do país, pois se declarou feminista, apoiou as lutas das mulheres que eram invisíveis, dando a elas um papel de liderança e participação nos assuntos políticos do país.
Além disso, representava uma esperança de transformação da sociedade, pois “dava sinais de saída do sistema de opressão e fome em que a população estava submersa, e assumia em sua linguagem como dever do governo pagar a grande dívida social acumulada desde a Independência”, reconheceu López Guevara.
Durante seus 14 anos de governo, promoveu a participação protagônica, a justiça social e a inclusão na Pátria Grande do Libertador, Simón Bolívar. Não há dúvidas de que ele foi um “homem de princípios, que lutou pela transformação de uma sociedade mais justa, equitativa, igualitária e paritária”.
Por sua vez, a ex-magistrada da Suprema Corte de Justiça da Venezuela, Jhannett Madriz Sotillo, lembrou que teve o privilégio de conhecer o ex-dignitário, que se caracterizou por ser um lutador ao longo de toda sua vida.
Ela testemunhou como um povo no continente africano o esperava na beira de uma estrada para vê-lo de longe durante uma visita que ele concedeu. “Ele é definitivamente um exemplo a seguir e está imortalizado não só na Venezuela, mas no mundo”, disse Madriz Sotillo.
Enquanto isso, o porta-voz do “Movimento Socialista José Carlos Mariátegui”, Manuel Calderón, disse que Hugo Chávez foi uma pessoa excepcional que teve a virtude de reivindicar os pobres, de trabalhar duro para promover uma revolução que transformou o cotidiano daqueles que eram marginalizados na Venezuela todos os dias.
Durante sua vida, o nativo de Sabaneta, promoveu uma mudança radical na concepção do Estado venezuelano, que se tornou visível em um texto constitucional inovador e inclusivo. Ele também foi um destacado estadista e comunicador, e com suas iniciativas conseguiu promover o paradigma multipolar.
É por isso que nesta quarta-feira, na capital Caracas, seus apoiadores realizarão uma mobilização por sua semeadura, cujo destino será o Cuartel de la Montaña 4F, onde repousam os restos do líder venezuelano.
A autora é jornalista venezuelana, analista política e colaboradora deste meio de comunicação.
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