Por Raul Fitipaldi.
Às vezes a realidade nos pede emoção, indignação, panfleto e poesia, muito mais do que análise fria, rigorosa. O Povo irmão de Honduras está sendo sacrificado no altar impudico do neoliberalismo imperial e oligárquico. O teclado dos colegas comprometidos com a Liberdade não descansa. Tiros e teclas, garrote e panfleto se misturam numa dança macabra de morte e futura independência, escrita por uma América dividida entre o Império Ianque e os povos em horizonte libertário.
Em Honduras este é nome dos novos detidos no criminal desalojo à Universidade Nacional:
1.- Carlos Humberto Ramírez
2.- Orlin Osmin Martínez
3.- Francisco Dolmo Lacayo
4.- Celeo Rivera
5.- Ricardo Hoyuela
6.- Adolfo Castro
7.- Santos Nicacio Carrasco
8.- Mario Laínez
9.- Donato de Jesús Ruiz
10- Federico Martínez
11- José Rodolfo flores
12- Reinaldo Antonio Erazo
13- Crisna Peña
14- Alan Junior Pavón
15- Julio Cesar Pineda
16- Marco Antonio Nieta
17- Norberto Rodríguez
18- Josué David Reyes
18- Jaron Sandro Panchame
20- Marlon Yaseth Fonseca
21- Javier Vásquez Rodríguez
22- Lorenzo Alvares Rodríguez
23- Dionisio Rodríguez
24- Carlos Reinieri Martínez
25- Roger Fernando Vásquez
26- Santos Román Martínez
27- Oscar Orlando Sánchez
28- Cristian David Duron
Em Honduras este é o nome dos assassinados de agosto:
1. Santos Remigio Ávila
2. Víctor Manuel Mata;
3. Sergio Magdiel Amaya
4. Rulbin Marel Villeda (menor)
5. Israel Zelaya
6. Luís Antonio Hernández
7. Bessy Pamela Cerrato Banegas
Não são apenas nomes. São o resultado de uma política deliberada de extermínio impetrada nos piores moldes dos anos 70. Dirigentes Sindicais, Dirigentes Estudantis, Líderes da Resistência e Professores. De novo, o Golpe Assassino cuja cara pública agora é o fraudulento fantoche Porfirio Lobo Sosa, usa as técnicas e táticas de Pinochet, Videla, Gregório Álvarez e outros genocidas, desenhadas pela Escola das Américas. Outra vez as gentes nada sabem, nada diz a Globo de Brasil, tudo cala a CNN. Não há democracia em Honduras, há sangue, esquartejamento, perseguição, miséria, assassinato, crime impune, CRIME DE ESTADO.
Essa Honduras precisa da militância de todos os jornalistas comprometidos com a Vida, a Liberdade e a Justiça. Honduras é o jardim da nossa casa. Foram por eles e virão por nós. O Capitalismo se joga uma cartada decisiva em Honduras e há que derrotá-lo. Não é suficiente com ganhar eleições nacionais ou parlamentares. Não são suficientes os mecanismos progressistas de cooperação regional, NÃO. Faz falta lutar a cada dia para que a verdade do que acontece em Honduras, laboratório imperialista, fique à vista de todos. HONDURAS TEM QUE SER DE NOVO O CENTRO DA PAUTA.
As feridas precisam sarar, fechar, e necessário é relembrar as marcas da morte, do neoliberalismo, do capital transnacional e da oligarquia maldita que não morre mais em nossas terras. Sejamos os comunicadores da sua sepultura. Não podemos admitir esquecimento ou perdão. A história deve punir os delinqüentes golpistas. Lutemos por Honduras!
Imagem: Latuf,