Em um típico caso de feminicídio, um homem do Distrito Federal assassinou a ex-namorada a facadas nesta quarta-feira (6). Tuane Morais, de 23 anos, foi encontrada já morta em sua casa no bairro Samambaia Norte, enquanto seu ex-namorado, Vinícius Rodrigues de Souza, tentava se matar. A polícia o encaminhou para o hospital.
De acordo com a Polícia Civil, o crime foi motivado pelo fato de Vinícius estar “inconformado” com o término do namoro. O assassinato, no entanto, não aconteceu de uma hora para outra. Três dias antes o suspeito já havia sido detido por agressão e tentativa de homicídio contra a ex-namorada.
Na ocasião, Vinicius desferiu socos e tentou enforcar Tuane na frente dos filhos pequenos do casal. Ele, inclusive, teria a ameaçado com um punhal. A mulher, então, acionou a polícia e o homem foi detido mas, apesar do flagrante, foi liberado no dia seguinte em uma audiência de custódia. O juiz Aragonê Nunes Fernandes, após a primeira detenção, entendeu que a medida protetiva concedida pela Justiça à Tauane era “suficiente” para a manter segura. Dois dias depois, no entanto, ela foi assassinada pelo mesmo ex-namorado.
Feminicídio
A lei que incluiu o feminicídio no código penal foi sancionada em 2015 pela ex-presidenta Dilma Rousseff. Se enquadram nesta tipificação crimes de ódio motivados pela questão de gênero e agravantes da violência doméstica. A lei é considerada um mecanismo importante para o mapeamento e, consequentemente, a prevenção deste tipo de crime no Brasil.
Houve claro erro do juiz, que redundou numa tragédia que poderia ter sido evitada se o rapaz fosse mantido preso por mais tempo. Fica-se por isso mesmo?