Haddad: Cerca de 500 a 600 sites de “bets” sairão do ar

O ministro aconselhou os cidadãos a pedirem a restituição de seus depósitos em sites de apostas, e culpou o governo de Jair Bolsonaro por não regulamentar as plataformas e "não proteger a sociedade".

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira, medidas para combater as “bets” ilegais no Brasil. Segundo ele, “cerca de 500 a 600 sites de apostas” irregulares serão bloqueados nos próximos dias. As declarações foram feitas durante uma entrevista no jornal CBN.

Haddad aconselhou os cidadãos a pedirem a restituição de seus depósitos em sites de apostas, pois têm o direito de recuperar seus valores. Ele enfatizou que o governo está agindo para proteger os cidadãos de operadores de apostas não regulamentados, que foram permitidos de operar livremente durante a administração anterior.

O ministro atribuiu a falta de regulamentação à inação do governo de Jair Bolsonaro, o que levou à proliferação de sites de apostas e jogos eletrônicos sem supervisão adequada. Ele afirmou que esses operadores estiveram isentos de impostos e não foram responsabilizados por proteger os consumidores.

“Elas [casas de apostas] ficaram isentas de impostos durante todo o período do governo Bolsonaro e sem regulação para proteger o apostador. Nós tivemos um período muito ruim em que os jogos cresceram no Brasil, jogos eletrônicos, sem que o Estado interviesse no sentido de proteger a sociedade”, afirmou Haddad.

Segundo Haddad, o governo começará a suspender as operações de empresas de apostas que não obtiveram a autorização necessária e delineou quatro medidas principais para abordar o problema: bloquear sites de apostas não regulamentados, proibir certos métodos de pagamento, como cartão de crédito e cartão do Bolsa Família, monitorar as atividades de apostas por meio do CPF e implementar regulamentações publicitárias mais rigorosas.

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