Hackers invadem reunião virtual de mulheres da OAB, compartilham pornografia e se masturbam

Um dos envolvidos ainda hackeou a chamada e fez com que a presidente da comissão não conseguisse excluí-los

Foto: OAB

Por Luisa Fragão.

Um grupo de hackers invadiu a reunião virtual da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção de Santos, no litoral paulista, realizada na segunda-feira (19), e compartilharam imagens pornográficas, além de se masturbarem em frente às câmeras.

Segundo reportagem de Leticia Gomes, do G1, um dos envolvidos ainda hackeou a chamada e fez com que a presidente da comissão, Flávia Nascimento, não conseguisse excluí-los. Ela precisou derrubar o encontro e criar outra sala virtual para continuar o debate.

O tema da reunião era sobre “stalking”, tipo de perseguição que tem as mulheres como principais vítimas. A prática passou a ser considerada crime no último dia 1º, com pena de seis meses a dois anos de reclusão e multa. Por ser um tema de relevância, a reunião estava aberta ao público.

Com isso, Flávia relata que os invasores se passaram por participantes mulheres para participar na reunião. Os hackers, no entanto, começaram a abrir as telas, onde apareciam se masturbando, fazendo sexo e falando coisas ofensivas.

“As pessoas começaram a entrar, mas não abriam as câmeras e não cumprimentavam, o que achei estranho. Pedi para que as pessoas abrissem as câmeras, e eles já perceberam que eu tinha desconfiado de alguma coisa. A palestrante tinha entrado na sala e estava cumprimentado ainda, quando um deles, que estava com um nome feminino na chamada, compartilhou a tela mostrando vídeos e fotos pornográficas”, contou a presidente da comissão ao G1.

Em nota, a OAB de Santos repudiou o ocorrido. “A diretoria da OAB Santos repudia toda e qualquer manifestação que ofenda a mulher, seja no ambiente que for, até mesmo o virtual”, afirma.

“Em um momento em que o país precisa de união, de solidariedade com o outro, é vergonhoso saber de um episódio que demonstra a violência contra a mulher, quando ela utiliza um meio de visibilidade para, justamente, debater tal situação”, completa a nota.

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