Há 23 anos, o então tenente-coronel Hugo Chávez Frías, à frente de um pugilo de militares, e de um ainda espontâneo movimento popular, se alçou em rebelião armada, iniciando um processo depois batizado de Revolução Bolivariana. Aquele 4 de fevereiro de 1992 entrou para a história da América Latina como o dia em que começaram a mudar estruturas políticas, econômicas e sociais na Venezuela, com impacto em toda a região.
Nesta edição do programa Ponto de Vista, o editor do Vermelho, José Reinaldo Carvalho, lembra essa data e a herança deixada por esse movimento até os dias atuais. “Quando ocorreu a rebelião de 4 de fevereiro, os círculos dominantes venezuelanos, o sistema político internacional, a mídia conservadora e setores políticos de variado espectro, incluindo a centro-esquerda e mesmo forças de esquerda, viram no líder da insurreição cívico-militar a nova versão do golpismo”.
Durante o programa, o editor do Vermelho destacou que “a rebelião liderada por Chávez em 4 de fevereiro foi derrotada, mas a frase pronunciada pelo tenente-coronel ao assumir sua responsabilidade e reconhecer o fracasso – “Por ahora” (por enquanto) – soou como uma profecia ou uma advertência que equivalia a um “Voltaremos!””.