Guru da meditação é acusado de assédio e estupro por ao menos sete mulheres

Tadashi Kadomoto se tornou réu por estupro de vulnerável Reprodução FacebookDo R7.- Uma semana de reclusão em contato com a natureza, na presença de terapeutas especializados em ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade emocional. Essa é a proposta de um curso de extensão com técnicas avançadas de terapia, programação neurolinguística e até hipnose oferecido pelo terapeuta transpessoal Tadashi Kadomoto. Esse ambiente, ao invés de proporcionar sensação de bem-estar e autoconhecimento, foi o local onde pelo menos sete pacientes e alunas relatam que foram abusadas sexualmente pelo terapeuta Tadashi Kadomoto.

“Estava deitada em um colchonete para fazer a regressão quando, com uma toalha, ele passou a mão na minha barriga e nas minhas partes íntimas”, diz Fernanda*. “No meio de uma sessão, ele perguntou: você está com um sutiã confortável? Se incomoda em tirar a blusa para fazer o alinhamento dos chacras?”, diz Letícia. “Ele elogiou meu corpo, me abraçou e começou a beijar meu pescoço. Foi uma situação horrorosa”, afirma Lúcia.

O terapeuta, que ficou conhecido por compartilhar vídeos de meditação guiada durante a pandemia, se tornou réu por estupro de vulnerável e lesão corporal grave. No fim do ano passado, uma de suas alunas procurou o Ministério Público de São Paulo para oferecer denúncia formal contra ele. Depois de ouvir testemunhas e coletar provas, a Promotoria denunciou o terapeuta e agora ele responde na Justiça por cinco estupros contra a paciente. “Fui procurada por três vítimas, todas narrando a mesma forma de agir”, afirma Celeste Leite dos Santos, promotora do MP-SP.

Segundo a promotora, os relatos demonstraram formas de assédio explícito. “Ele faz com que as vítimas se sintam especiais, faz pequenas investidas, passa para carícias físicas, até chegar a colocar a mão na vagina das pacientes”, explica. “Todas as vítimas estavam fragilizadas emocionalmente quando procuraram o instituto que leva o nome do terapeuta. As mulheres, que têm o mesmo perfil etário e socioeconômico, se culpam por terem sido vítimas”, diz Celeste. (…)

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here


This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.