Redação de AND.- Servidores públicos da Guiné-Bissau, na África Ocidental, entraram em greve geral de oito dias úteis a partir do dia 24 de julho. O objetivo é alcançar um reajuste salarial inicialmente rejeitado pelo primeiro-ministro do governo semicolonial, Aristides Gomes.
A greve é convocada por uma central sindical nacional e tem como previsão encerrar-se no dia 2 de agosto. O governo é acusado de abandono à política de valorização dos servidores, como a progressão nas carreiras, o pagamento de pensões, abono de famílias, tal como parou de dar assistência médica e medicamentosa. Os servidores exigem também que seja estabelecido um salário mínimo nacional, até hoje não existente no país.
Os funcionários públicos também rechaçam a atitude do Executivo do país que não pagou salários referentes ao ano de 2003.
Frente à mobilização popular, a resposta do governo é repressão e militarização. No dia 24, primeiro de greve, vários postos de trabalho dos grevistas amanheceram cercados por soldados do Exército e polícias locais.