Grupos assinam manifesto mundial contra indiciamento de Glenn Greenwald

Mais de 40 grupos ligados à liberdade de imprensa e liberdades civis condenaram veementemente o indiciamento

Foto: Fernando Frazão, Agência Brasil

Em carta aberta divulgada nesta sexta-feira (24), mais de 40 grupos ligados à liberdade de imprensa e liberdades civis condenaram veementemente as acusações de “cibercrime” contra o jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer, Glenn Greenwald. Os grupos exigem ainda que as autoridades brasileiras envolvidas no assunto “renunciem imediatamente”.

A carta foi organizada pela Fundação Liberdade de Imprensa e pelo Repórteres Sem Fronteiras e inclui membros proeminentes das organizações de direitos humanos, liberdades civis e liberdade de imprensa do Brasil e do mundo.

Entre elas estão o Comitê para a Proteção de Jornalistas, ACLU, Human Rights Watch, Comitê de Repórteres pela Liberdade de Imprensa, Electronic Frontier Foundation e muitos outros, que se uniram para protestar contra as ações ultrajantes do governo brasileiro.

“Essas acusações representam uma tentativa direta de intimidar e retaliar Greenwald e o Intercept Brasil por seus relatórios críticos”, afirma a coalizão. As implicações das ações do Brasil vão muito além de Greenwald e outros jornalistas do The Intercept Brasil. A ameaça à imprensa livre do Brasil, incluindo a mídia nacional e internacional, é profunda.

“Essas acusações aguardam a aprovação de um juiz federal, dando aos tribunais a oportunidade de rejeitá-las e proteger a liberdade de imprensa. Mesmo assim, o efeito assustador dessa intimidação legal permanece. Se essas táticas forem mantidas, isto comprometeria a liberdade de expressão de todos os brasileiros, a liberdade de imprensa e a liberdade de participar da democracia”, diz um trecho do texto.

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