Na tarde desta quinta-feira (09), os sete manifestantes que estão em greve de fome exigindo justiça ao STF serão recebidos por um dos membros da corte. Apesar de terem sido protocolados 11 pedidos de audiências, com todos os ministros, apenas Ricardo Lewandovski se prestou a receber os grevistas, que seguem há dez dias sem se alimentar.
Após a audiência, agendada para às 16 horas, os militantes farão um comunicado à imprensa, na porta do STF, relatando os encaminhamentos da reunião.
Para apoiar os grevistas, estarão também presentes na audiência Marcelo Lavenére, advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a pastora Romi Bencke, do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic).
Os grevistas de fome participam, ainda, de um ato interreligioso em frente ao Supremo, organizado pelo Coletivo de Entidades Negras (CEN) e pelo Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afrobrasileira (Cenarb), exigindo respeito às tradições afro-brasileiras.
Contexto
Os militantes Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves (do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA), Luiz Gonzaga, o Gegê (da Central dos Movimentos Populares – CMP), Jaime Amorim, Zonália Santos e Vilmar Pacífico (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST) estão há dez dias em greve de fome. Leonardo Armando, do Levante Popular da Juventude, está em seu terceiro dia de greve.
Os sete lutam contra a volta da fome no país, o aumento do custo de vida, a perda de direitos em saúde e educação, o aumento da violência, a perda da soberania nacional e pela liberdade do ex-presidente Lula, bem como seu direito de ser candidato. Eles enxergam na simbologia de Lula a possibilidade de reverter a situação calamitosa a que o golpe de 2016 jogou os mais pobres.