Greves sacodem setor público do Chile

Chile

As greves no setor público do Chile continuam vigentes em reivindicação de reajuste salarial em 2014, exigido pelos empregados fiscais e servidores públicos da saúde municipal.

Nesta quarta-feira, a paralisação de atividades decretada pelo Agrupamento Nacional de Empregados Fiscais (ANEF) entrou em seu terceiro dia, enquanto a implementada pela Confederação de Funcionários da Saúde Municipal (Confusam) iniciou sua segunda jornada.

Ambos os sindicatos deram seu apoio aos trabalhadores do Ministério Público, que também implementaram uma greve indefinida em defesa de suas demandas, entre as quais que a progressão de cargos dos empregados a cada sete anos não seja exclusivo dos promotores, mas sim para todos os servidores públicos do organismo.

Ao fazer um balanço dos dias de greve, o presidente da ANEF, Raúl de la Puente, afirmou que a mobilização abarcou mais de 75 por cento dos filiados, enquanto Esteban Maturana, líder da Confusam, assegurou que a paralisação das atividades na saúde chegou a 90 por cento do sindicato.

“Independentemente de que os ritmos das organizações sejam diferentes, o mais importante é estar nas ruas. É bom que seja assim, nas próximas jornadas esperamos estar todos nas ruas, é o que nos permitirá avançar se o Governo continuar em sua teimosia, estão dadas todas as condições para continuar nas ruas”, considerou Maturana.

Por sua vez, Puente disse que à greve se somaram inclusive assalariados que não pertencem nem à ANEF nem à Confusam, como os casos de empregados de algumas superintendências e de serviços hospitalares.

“Os servidores públicos estão dispostos a lutar, a negociar de pé, a [exigir] que o Governo respeite os trabalhadores, que não faça uma coisa e diga outra. O ministro diz ter disposição ao diálogo, mas chegamos à última semana com o projeto de reajuste, e, no entanto, ainda não temos reunião, não há acordo e não temos lei”, sublinhou o líder da ANEF.

Os sindicatos reivindicavam no início um aumento salarial de 8,8 por cento, depois reduziram para sete por cento, no entanto a proposta do Governo é de 4,4 por cento.

Para esta quarta-feira, espera-se que os trabalhadores mobilizados pela Confusam se concentrem na Praça Los Héroes, localizada em um setor da emblemática Alemeda, não muito longe do governamental Palácio de La Moneda e de vários ministérios, nesta capital.

As greves previstas para hoje coincidem com o envio do projeto de Lei de Orçamento de 2014 ao Senado, aprovado ontem à noite pela Câmara dos Deputados.

Imagem: Prensa Latina

Fonte: Prensa Latina

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