No Sétimo dia de paralisação das atividades, os servidores públicos municipais repudiaram a judicialização e a criminalização do movimento, promovendo uma das maiores e mais emocionantes passeatas da história da categoria.
Vestidos de preto e com mordaças, os trabalhadores fizeram uma caminhada silenciosa pelas ruas do centro da cidade, sempre ao som de músicas da época da ditadura.
O ato representou uma resposta dos servidores às decisões arbitrárias e autoritárias do judiciário, que além de determinar o retorno dos grevistas ao trabalho e aumentando a multa de R$ 50 mil para R$ 100 mil por descumprimento da decisão liminar, considera responsabilizar a coordenadora geral do SINTRASEB Sueli Adriano por crime de desobediência.
Durante a manhã, o prefeito Napoleão Bernardes convidou o Sindicato para uma conversa, pedindo que os trabalhadores retornassem ao trabalho e que a mesa de negociação permanente fosse retomada, sem, no entanto, apresentar uma proposta concreta.
O pedido foi rejeitado por unanimidade, mantendo a greve iniciada no dia 21.
A luta por respeito e valorização continua.