O Governo Pinho Moreira (MDB) anunciou hoje, 12/07, que fará o parcelamento da metade do 13º salário dos servidores estaduais, sob o pretexto de contenção de despesas e controle de gastos. O valor antecipado representará 25% da gratificação e será pago no próximo dia 25 de julho, os outros 25% deverão ser pagos em agosto ou setembro, o que vai prejudicar mais uma vez os/as trabalhadores que já programaram sua vida com esses valores.
Para o SINTE/SC a afirmação de crise só é aplicada ao funcionalismo público, visto que, somam-se quase R$ 6 bilhões as renúncias fiscais concedidas a empresas, aumento de gastos na ordem de R$ 64,3 milhões ao ano, com a aprovação da contratação de 462 cargos comissionados que deverão atuar nos gabinetes dos juízes das comarcas do estado, aditivo de R$ 37 milhões para a reforma da Ponte Hercílio Luz. Podemos mencionar ainda a alta na arrecadação no estado, que foi de 9,5% em relação a janeiro de 2017, enquanto em fevereiro o pulo foi de 6,2% comparado ao mesmo período do ano anterior.
O Governo quer fazer economia em cima dos servidores e dos serviços públicos. Na educação, por exemplo, a redução da oferta de vagas nos CEDUPs, reenturmação, fechamento de ensino noturno, entre outras medidas anunciadas, demonstra o contingenciamento de gastos em alguns setores, enquanto outros são beneficiados. O Governo inclusive anunciou a suspensão das licenças prêmio para o funcionalismo, tornando ainda maior o fardo aos trabalhadores em educação.
As gestões do MDB já são conhecidas pelos parcelamentos de salários, deixando os trabalhadores em situações até mesmo de fome, como no caso do RS. Contudo, vale ressaltar que ALESC, Tribunal de Justiça, Ministério Público e o Tribunal de Contas já receberam metade do 13º, mesmo concentrando altos salários, enquanto os demais servidores ficam na dúvida e espera.