O governo interino assumiu mostrando, logo de cara, para o que veio: privilegiar empresários, rebaixar trabalhadores/as e ignorar a diversidade, levando o país a um grande retrocesso. Seu primeiro ato foi a fusão de ministérios e a nomeação de corruptos – sete deles são denunciados na Operação Lava Jato e um é advogado do PCC, a maior organização criminosa do Brasil.
Além disso, mulheres e negros, antes representados, foram totalmente ignorados.
Essas primeiras medidas atingem diretamente os trabalhadores/as no serviço público federal, principalmente da Cultura, cujo Ministério foi extinto para fazer parte, novamente, do Ministério da Educação. Como era no período da ditadura. Um retrocesso! Outro órgão que está correndo o risco de desaparecer é o MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário). Diante disso, o que será do Incra? Será extinto? Mais um retrocesso para o país e para os/as trabalhadores/as no serviço público federal.
Diante da revolta provocada nos/as brasileiros/as, em especial artistas, sobre a extinção do Ministério da Cultura e, também, a falta de representatividade feminina, o governo interino está sugerindo criar a Secretaria Nacional da Cultura dentro do Ministério da Educação, o que, certamente, não é a mesma coisa, nem tem o mesmo poder, e colocar a sua frente uma mulher. Desta vez, ligada diretamente à presidência.
Mas, a tentativa não está dando certo. Até agora, duas mulheres foram convidadas a assumir a secretaria e não aceitaram. A primeira, Adriana Rattes, ex-secretária de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, não aceitou. A segunda, a jornalista e atriz Marília Gabriela, também não.
Diante desse (des)governo, quem sofre são os/as trabalhadores/as no serviço público federal. Afinal, tudo isso gera insegurança. Como vão ficar seus direitos? É uma incógnita. Mas, o Sintrafesc nunca esteve alheio às políticas do governo federal. É por isso, que a direção cumpre uma agenda de visitas em todos os setores de sua base no estado, levando informações e ouvindo seus filiados/as. O Sindicato entende que nesse momento é preciso ficar alerta e unidos. É preciso fortalecer as entidades sindicais. Só a luta de classe vai nos trazer de volta os direitos que estão sendo retirados.
Pensando nessas questões, a Assessoria Jurídica do Sintrafesc já está estudando cada caso para definir quais os encaminhamentos a serem realizados.
O Sintrafesc conclama todos e todas a se unirem nessa luta, que deve ser permanente!
Fonte: Sintrafesc
