Governo do Paraná recua e adia início das aulas presenciais

APP-Sindicato mantém mobilização contra o retorno presencial sem vacinação de professores e funcionários

Aulas presenciais voltam no dia 1º de março; ano letivo começa online no dia 18 de fevereiro (Foto: Gerson Klaina)

A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) anunciou nesta terça-feira (9) o adiamento do retorno às aulas presenciais no Paraná, que estava previsto para o dia 18 de fevereiro. A volta presencial, em modelo híbrido, passa agora para o dia 1º de março. O ano letivo, no entanto, começa efetivamente no dia 18, de forma online.

De acordo com a Seed, o início online será de revisão de conteúdos prioritários apresentados aos alunos em 2020. Essa reavaliação do aprendizado vai acontecer até o fim do mês, por meio do Aula Paraná pela TV aberta, YouTube, aplicativo e Google Classroom, além de atividades impressas. A partir de 1º de março, começará o modelo híbrido, com parte dos alunos nas escolas de forma presencial e os demais de casa, acompanhando as aulas de maneira remota.

“É um modelo seguro e com ensino moderno, com aulas híbridas e síncronas, com interação ao vivo. Consideramos que é prudente esperar até o dia 1º de março para diminuir ainda mais os riscos”, afirma o secretário estadual da Educação, Renato Feder.

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), que era crítico ao retorno das atividades presenciais sem as condições necessárias, aponta que a medida só será eficiente se o governo priorizar a educação na vacinação.

“Nós não temos a menor condição de cumprir com os protocolos da Sesa [Secretaria da Saúde] e, por isso, a nossa defesa é a da vida dos trabalhadores da educação, mas também de toda a população em geral. Nós não queremos nenhum familiar contaminado, não queremos nenhum membro da família adoecido porque teve que mandar seu filho à escola e muito menos nós, que não temos escolha caso o Estado defina o retorno das atividades presenciais”, destaca a Secretária de Finanças da APP-Sindicato, Professora Walkiria Olegário Mazeto.

A direção do sindicato reforça que a categoria deve se manter mobilizada, cobrando junto às prefeituras, que o governo mantenha as atividades remotas até que professores, funcionários de escola e toda a população sejam vacinados.

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