O novo ministro de Meios e Conteúdos Públicos da Argentina, Hernán Lombardi, disse ontem em uma entrevista com o jornal La Nación, de Buenos Aires, que vão revisar a participação de seu país no canal multiestatal Telesur.
“Vamos revisar nossa participação em Telesur [a representante do país nessa empresa multiestatal que emite desde a Venezuela é Carolina Silvestre, esposa do dirigente kirchnerista Juan Carlos Dante Gullo]“, disse Lombardi enquanto apresentava seu programa em que ameaça desmantelar todo o sistema de meios públicos organizado pelo governo de Cristina Fernández.
O novo ministro disse que já está efetuando “auditorias de choque” em todas as áreas com “resultados daqui a 15 dias” e garantiu que denunciarão programas de comunicação onde teoricamente foram praticados crimes.
Acrescentou que será feito um novo manual de estilo dos meios públicos, para “recuperar o objetivo dos meios públicos que esteve adormecido por trás da propaganda”.
No jornal Página 12, o vicepresidente da Associação Mundial de Rádios Comunitárias, Damián Loreti, disse que “toda decisão que adotarem” as novas autoridades “resulta contrária às regras que exige a Convenção Americana para regular matérias vinculadas à liberdade de expressão”, o que implicaria responsabilidade internacional para o Estado argentino.
Ele garantiu que com a intervenção à Autoridade Federal de Serviçõs de Comunicação Audiovisual (AFSCA) e à Autoridade Federal de Tecnologias da Informação e as Comunicações “se viola a lei para colocar partidários políticos que viriam para fazer com que seja cumprida e para pôr fim à `rebeldia das autoridades legalmente nomeadas”.
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Fonte: Cubadebate.