Os partidos da oposição chilena avaliam uma possível acusação constitucional contra o governo pela incapacidade política que lhe atribuem frente ao conflito social na região de Aysén.
O conglomerado de partidos da Consertación e o resto das forças políticas com representação parlamentar, criticam sobretudo a repressão policial em Aysén e em particular a aplicação da Lei de Segurança do Estado contra 22 trabalhadores e dirigentes sociais participantes em diferentes ações de protesto.
“Estamos pensando em avaliar friamente uma acusação constitucional às autoridades responsáveis desta estratégia que é totalmente infértil, e que só vai gerar mais descontentamento e raiva na população”, afirmou a presidenta do Partido pela Democracia, Carolina Tohá.
Com o propósito de analisar os passos para dirigir esse recurso, está previsto um encontro nesta segunda-feira entre os chefes das bancadas opositoras, prévio a uma sessão especia, na próxima quarta-feira, na Câmara de Deputados sobre o conflito em Aysén, região localizada na Patagônia, a uns dois mil quilômetros desta capital.
Seguno Guillermo Teillier, presidente do Partido Comunista do Chile, a aplicação da citada legislação contra os 22 aiseninos é uma aberração política, jurídica e social.
Em Aysén, enfatizou o também deputado chileno, ninguém atentou contra nenhum poder do Estado e o que se busca por tanto é atemorizar, ameaçar e usar a repressão como exemplo para evitar manifestações em outras regiões do país.
Ante a escalada dos acontecimentos na Patagônia, o Partido do Socialismo Allendista fez um chamado “a todas as organizações sociais e políticas do Chile e do exterior a solidarizar-se de todas maneiras possíveis com os cidadãos de Aysén, tão gravemente reprimidos”.
Os allendistas combatem o fato do Governo recorrer a um regulamento “que em sua atual redação, é uma lei de (Augusto) Pinochet de 1975”. Esse instrumento, afirmaram em declaração pública, remete o Chile a períodos de generalizada repressão e violação dos direitos humanos.
Fonte: Prensa Latina