A grande maioria dos contratos foi firmada com prefeituras piauienses comandadas pelo Progressistas, partido presidido por Nogueira. Ele usou dinheiro da educação para influenciar a campanha eleitoral de aliados no Piauí, seu reduto eleitoral. Até sua ex-mulher Iracema Portella foi favorecida no esquema.
Segundo revelou o Estadão, o arranjo é operado no FNDE. O órgão é presidido, na realidade, por Marcelo Ponte, ex-chefe de gabinete do ministro. Ao todo, são 3,5 mil obras paradas. No entanto, o governo preferiu priorizar a construção de 2 mil novas escolas, mas repassou recursos insuficientes para sua execução.
TCU vai investigar esquema das escolas falsas
O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou, na segunda-feira (11), a abertura de uma investigação sobre o desrespeito às leis orçamentárias por parte do governo Bolsonaro. Também foi pedida uma liminar para que o Ministério da Educação “se abstenha de realizar novos empenhos para construção de novas escolas, devendo priorizar as obras já em andamento e inacabadas, diante dos indícios do esquema das ‘escolas fake’ noticiado no bojo dessa representação”.
Tanto Nogueira como o FNDE ainda não se manifestaram sobre o caso.
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