Javier Milei e sua ministra do Capital Humano, Sandra Pettovello, têm mais de 5 milhões de quilos de alimentos não entregues nos armazéns do antigo Ministério do Desenvolvimento Social. A informação foi fornecida pelo próprio governo em resposta a uma solicitação de acesso a informações públicas feita pelo El Destape. Considerando que, desde que o novo governo assumiu o poder, nenhuma compra de alimentos foi feita (conforme consta no site oficial de compras governamentais) e que as organizações sociais e religiosas que apoiam milhares de cantinas e refeitórios em todo o país denunciam que nada foi entregue a elas, tudo indica que se trata de um resquício de alimentos deixados pelo governo anterior. E que, sem a entrega, esses alimentos correm o risco de expirar, pois estão nos armazéns há pelo menos 6 meses.
Deixar 5 milhões de quilos de alimentos apodrecerem em armazéns públicos em um país com mais da metade da população abaixo da linha da pobreza desencadeia um novo nível de crueldade estatal.
O estoque de alimentos não entregues que o governo informou ao El Destape, armazenado em depósitos em Villa Martelli e Tucumán, inclui:
Erva-mate, 3.146.707 kg
Leite em pó, 1.173.815 kg
Óleo, 479.261 garrafas de 900 ml
Purê de tomate, 137.796 kg
Grão-de-bico, 81.148 kg
Farinha de trigo e de milho, 20.416 kg
Locro, 15.010 kg
Arroz com carne, 13.629 kg
Quantidades menores de ervilhas, ensopado de lentilha, macarrão, uva passa, arroz com legumes e ovo em pó também estão nos galpões. De acordo com a resposta oficial, esse era o estoque de alimentos não entregues em 30 de abril. E as entregas não foram retomadas em maio.
De onde vem esse alimento que o governo admite não ter entregue? De acordo com o portal Compr.ar, que lista todas as compras e licitações do Estado Nacional, o Ministério do Capital Humano não registra nenhuma compra de alimentos. A Secretaria da Infância, Adolescência e Família, que, de acordo com o organograma do governo, substituiu o Ministério do Desenvolvimento Social, também não fez nenhuma compra de alimentos, de acordo com o portal de informações públicas. Além disso, nessa administração, a área registrou apenas uma licitação para o serviço de limpeza, que foi fracassada.
O El Destape conseguiu descobrir que o governo anterior deixou 5,8 milhões de quilos em estoque, o que é o número normal em um esquema em que o tempo todo saem alimentos e entram novos, em que os alimentos são comprados e distribuídos constantemente e essa quantidade é mantida para emergências e com uma rotação que impede que os alimentos expirem. O governo de Milei não comprou alimentos e armazenou mais de 5 milhões de quilos. Tudo indica que eles estavam lá desde dezembro do ano passado, há seis meses. Há produtos que vencem antes desse prazo; há outros que restam pouco.
Milei não poupa elogios a Pettovello, que ele destaca por ter descoberto “fraudes” na entrega de medicamentos e alimentos. No primeiro caso, o El Destape relatou repetidamente casos de pacientes oncológicos cujos tratamentos foram suspensos, vários dos quais morreram. O mesmo aconteceu com pessoas que dependiam da Agência Nacional para Deficiência (ANDIS), outra agência que ficou sob a órbita de Pettovello. No segundo caso, referente aos alimentos, o governo agora confirma que os mantém armazenados. Enquanto não os entregam, estão fazendo acusações judiciais nas quais afirmam que havia “cantinas fantasmas”. O caso foi levado ao juiz Ariel Lijo, que Milei propõe para a Suprema Corte.
A perseguição judicial é complementada por uma campanha contra os líderes sociais que há anos vêm apoiando esse sistema de contenção social ao qual recorrem mais de 10 milhões de argentinos. Eduardo Belliboni e Juan Grabois, entre outros, são demonizados pelo sistema de mídia corporativa cujo negócio Milei tem que garantir. A realidade é que o governo reconhece que tem mais de 5 milhões de quilos de alimentos armazenados. E que os dados mostram que ele não comprou um quilo de alimento pelos canais oficiais em cinco meses de administração.
A ministra Pettovello cortou as entregas de alimentos e se limitou à assinatura de vários acordos: Caritas Argentina, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) no âmbito da expansão do Programa de Extensão Comunitária.
Em sua resposta ao El Destape, o Ministério do Capital Humano informou que transferiu um dinheiro para a OEI e o PNUD. Eles detalharam que o IEO iniciou uma licitação para 1.600.000 garrafas de óleo de girassol e a mesma quantidade de pacotes de 400 gramas de lentilha, para os quais receberam 16 ofertas, mas até agora não finalizaram a compra. Nada mais.
Pettovello assinou outros acordos, inclusive um com a Aliança Cristã de Igrejas Evangélicas da Argentina (ACIERA). Uma direção clara que, por exemplo, deixou de fora outras organizações religiosas, como a Curas en Opción por los Pobres (Sacerdotes em Opção pelos Pobres). E há outro acordo com a Fundación Cooperadora Nutrición Infantil (CONIN), presidida por Abel Albino, que, embora afirme trabalhar contra a desnutrição infantil, garante que “os preservativos não funcionam” e que o HIV pode “atravessar a porcelana”. Em boas relações com Mauricio Macri, Albino diz: “Eu cuido de crianças pobres, trato da pobreza e da nutrição. É um hobby caro para mim. Nem tanto: o governo de Macri lhe deu mais de 81.000 reais. Não foi informado quando Pettovello lhes deu agora.
O neo judeu nazista milei , foi forjado na mesma forma que z? lenski e o elemento b0ls0nar0. É a receita do caos Made in i$ra€l. Mandou deixar retido na aduana um container com princípio ativo para repelente no auge da dengue. Sente prazer em humilhar empresários argentinos, atinge orgasmos com a perspectiva de quebra dos mesmos. A lei ônibus que virou lei Kombi não passou no congresso. A pérola da semana foi o show de punk rock do presidente no luna Park. Depois de ter armado uma mega treta diplomática, na conferência dos nazistas de vox em Madrid. Já deu os 6 meses de validade deste b0lud0. Haver quanto tiempo para el pateo de culo deste tipo.