Nos últimos dias, despertaram grande interesse em diversos meios de comunicação as acções de protesto levadas a cabo por várias organizações populares do país solidárias com a luta do povo basco e do povo catalão e pessoas a título individual, que conhecem em profundidade a trajectória do antigo magistrado espanhol Baltasar Garzón Real.
Todos nós somos militantes políticos há muitos anos, e pertencemos a um vasto grupo de gente que teve sempre em comum o compromisso com as causas dos oprimidos, na Argentina ou em qualquer parte do mundo.
Muitos de nós sofreram a repressão, a tortura, o exílio ou a perda de seres queridos nos períodos mais terríveis do nosso país, e passámos por tribunais de excepção como os que Garzón soube dirigir. Por isso mesmo, a coerência com a nossa história leva-nos a interpelar publicamente as pessoas que na Argentina tentam esquecer o passado repressivo de Garzón em função de novas conjunturas.
Não vamos replicar ou voltar a explicar o que andamos a explicar há anos; demos mais um passo para o esclarecimento de uma figura que enganou tantos compatriotas. Emitimos esta nota com o objectivo de dar conhecimento da existência de uma página ou fonte de dados, que designámos como «Garzón en Argentina».
Trata-se de um repositório de documentos judiciais, bancários, administrativos e artigos de imprensa que se revelam como elementos de prova daquilo que há anos denunciamos: desde torturas a detidos políticos bascos, catalães ou de outras nacionalidades do Estado espanhol – ou a cidadãos cujo único crime era a sua origem árabe – até ao seu total apoio à direita regional na Venezuela ou na Colômbia.
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Fonte: Associação de Solidariedade com Euskal Herria (ASEH)