Os jornalistas e radialistas da EBC decidiram na última quinta-feira (14) manter a greve em busca de reajuste salarial, mais direitos e melhores condições de trabalho. Após uma passeata que percorreu diversas ruas do Centro do Rio, os grevistas, a maioria vestida de azul, se reuniu no auditório do Sindipetro para discutir os próximos passos da mobilização, que completou uma semana hoje.
Apesar da intransigência da empresa em negociar, o movimento dos trabalhadores angaria apoios importantes, como o de cinco integrantes do Conselho Curador da EBC, para quem a empresa deveria se orgulhar da pauta de reivindicações – que pede não somente direitos, mas também uma comunicação pública de qualidade. Os deputados Chico Alencar, Jean Wyllys, Ivan Valente, todos do PSOL, Erika Kokay e Padre Tom, do PT, também declararam apoio à greve e prometeram interceder junto ao Ministério do Planejamento em favor dos funcionários da EBC. A paralisação também conta com a solidariedade dos vereadores do Rio Reimont (PT) e Renato Cinco (PSOL), dos deputados paulistas Leci Brandão (PCdoB) e Adriano Diogo (PT) e de MST, FUP, FNP, Senge-RJ, Barão de Itararé, Associação Mundial de Rádios Comunitárias, DCE Mário Prata UFRJ, CUT e Conlutas, além de jornalistas, como Leonardo Sakamotto.
Com tantos apoios, os trabalhadores entendem que a empresa poderia voltar à mesa de negociações, descartando a possibilidade de uma ação de dissídio na Justiça do Trabalho, possibilidade que rondou as últimas assembleias. Como os sindicatos não foram notificados dessa decisão, as mobilizações continuam.