Funcionários da BAND SC entram em greve e tiram programação local do ar

Em assembleia realizada na tarde de quarta-feira (14/03), na sede da TV Catarina, em Florianópolis, funcionários do operacional e jornalismo da emissora deflagraram greve por tempo indeterminado. Com mais de dois meses de salários atrasados e dois anos de atraso nos repasses do FGTS E INSS, os profissionais suspenderam a programação local da afiliada da Band no estado.

Após receberem do diretor de Conteúdo e Programação da emissora, Gregório Silveira, a informação de que não havia possibilidade nem expectativa de pagamento dos salários atrasados, e sem nenhuma proposta ou prazo para regularizar a situação, os profissionais decidiram paralisar as atividades e voltam a se encontrar na empresa na próxima segunda-feira (19/03), em busca de um posicionamento da direção da empresa.

Em contato com um representante dos funcionários da TV Catarina, o presidente do SJSC, Aderbal Filho, solidarizou-se com os trabalhadores e solicitou que informem o horário da reunião da próxima segunda-feira para que a direção da entidade e sua assessoria jurídica também possam acompanhar o caso.

Ré e reincidente

Em julho do ano passado, a antiga Band SC demitiu 27 profissionais, reduzindo o pessoal na matriz, em Florianópolis, e fechando diversas regionais. Recentemente o Ministério Público do Trabalho recebeu denúncia anônima de que trabalhadores que reclamaram da situação dramática que vivem foram ameaçados de demissão. “Não sei mais onde vão demitir, com o quadro mínimo que a empresa tem hoje”, disse um funcionário que não quis se identificar.

A emissora é ré em uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) a partir de denúncia do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina. Além de atrasos recorrentes em salários, férias e outras obrigações trabalhistas, a empresa é acusada de fraude nos contratos de trabalho, ao registrar todos os seus profissionais de jornalismo como radialistas.

Além da regularização dos profissionais e do pagamento correto de salários e férias, o Procurador do Trabalho, Acir Alfredo Hack, pediu multa por dano moral coletivo de R$ 1 milhão de reais. O caso está no Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região e teve audiência de instrução e julgamento, com oitiva de testemunhas, em fevereiro.

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