Por Naomi Matsui.
Cerca de 47 milhões de franceses votarão neste domingo (23.abr.2017) para eleger seu novo presidente. A eleição é marcada pela indecisão.
Dos 11 candidatos que concorrem, 4 aparecem praticamente empatados, com intenções de voto em cerca de 20%.
Entre eles, 2 são de direita (Marine Le Pen, do partido Frente Nacional, e François Fillon, do partido Os Republicanos); 1 é de extrema-esquerda (Jean-Luc Mélenchon, do partido França Insubmissa) e 1 de centro (Emmanuel Macron, do Em Marcha!).
O vencedor substituirá François Hollande, do Partido Socialista, no cargo desde 2012, do mesmo partido de Macron.
Uma pesquisa do jornal inglês Financial Times, divulgada na 6ª feira (21.abr), mostra os 4 candidatos praticamente empatados em torno dos 20% nas intenções de voto: Emmanuel Macron (24%), Marine Le Pen (22%), Jean-Luc Mélenchon (20%) e François Fillon (19%). Benoît Hamon, do Partido Socialista corre por fora, com apenas 8% das intenções.
Para que a disputa seja encerrada hoje, 1 candidato precisa ter mais de 50% dos votos. Caso 1 vencedor não atinja o patamar neste domingo, 1 segundo turno será realizado no dia 7 de maio entre os 2 mais bem votados no 1º turno.
Os primeiros resultados serão anunciados às 20h no fuso francês, ou 15h, no horário de Brasília.
ATENTADOS E PROTESTOS
O clima de apreensão tem ido além da indefinição de quem terá o melhor desempenho nas urnas.
Na 5ª feira (20.abr), 1 atentado terrorista deixou 1 policial morto e 2 feridos na avenida Champs-Elysées, em Paris. Ontem (sábado), 1 homem foi detido após ser visto com uma faca na estação de trem de Gare du Nord, também na capital francesa. Apesar de não ter resistido a abordagem policial, a detenção serviu para aumentar a sensação de insegurança.
A política antiterrorismo é uma das pautas mais discutidas entre os presenciáveis. A França tem sido alvo constante de ataques e atos ligados ao terrorismo, como o que matou 80 pessoas em Nice, na região sul do país, em julho de 2016.
O episódio da última 5ª feira fez com que protestos fossem convocados. Neste sábado, 2 dias após a morte do policial, cerca de 200 mulheres de policiais protestaram na capital francesa contra as condições de trabalho oferecidas aos profissionais.
(Com agências de notícias)