Os trabalhadores da refinaria Total de Grandpuits, na região metropolitana de Paris, decidiram bloquear a saída de todos os produtos da empresa, dando início à parada completa da usina de refino de petróleo em protesto contra a reforma da Previdência. Esta é a segunda refinaria a aderir ao movimento de greve francês.
A primeira a parar foi a Petroineos de Lavéra, a mais importante do sul do país. A refinaria alimenta também o consumo espanhol e italiano. Em outras três refinarias, os funcionários reduziram a produção ou bloquearam parte das entregas, segundo o representante do sindicato CGT, Eric Sellini, disse ao jornal francês Le Monde.
A adesão das refinarias reforça o movimento que atinge duramente o sistema ferroviário francês e os transportes públicos desde 5 de dezembro.
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Na região de Paris, seis linhas de metro continua sem circular nesta terça (24), de um total de 16, outras continuam a trabalhar com horários reduzidos. Há apenas duas linhas automatizadas que operam normalmente.
Na rede ferroviária regional, apenas 40% dos trens de alta velocidade e trens expressos regionais, 20% dos trens suburbanos, e um quarto dos trens de média distância circularam na segunda. Os ferroviários parecem convencidos a manter a paralisação durante o período de festas.
A greve de funcionários da empresa ferroviária já custou 400 milhões de euros (cerca de R$ 1,8 bilhão) à SNCF, segundo Jean-Pierre Farandou, presidente da empresa ferroviária pública.
Desde a semana passada, o sindicato do setor de energia elétrica CGT Enérgie anunciou ser o responsável por cortes no abastecimento de eletricidade em diversas regiões do país.
Os cortes afetaram dezenas de milhares de casas na região sul do país e também em Paris.
No sábado, dois jogos de rugby foram interrompidos devido aos cortes de energia feitos por manifestantes contra a reforma previdenciária.