Por Cristiana Soares, RFI.
Novo dia de greves e manifestações em França, um dia depois de um encontro entre sindicatos e executivo que acabou “em falhanço”. Esta quinta-feira, os franceses são novamente chamados às ruas para protestarem contra o novo projecto de lei sobre a reforma do sistema nacional das pensões.
No dia seguinte a uma tentativa de diálogo entre a intersindical e o executivo francês, o país volta a mobilizar-se esta quinta-feira, 06 de Abril, contra a reforma do sistema nacional de pensões, manifestações, greves e bloqueios são previstos em toda a França contra o projecto de lei aprovado sem voto parlamentar pelo executivo.
Depois do “falhanço” das negociações com a chefe do Governo, Elisabeth Borne, o secretário-geral da CFDT, o maior sindicato em França falou numa “crise social que se transforma numa crise democrática”.
A partir da China, onde se encontra em visita oficial, o Presidente francês Emmanuel Macron reagiu imediatamente a Laurent Berger, dizendo que “não podemos falar em crise democrática”, acrescentando que “as palavras têm um sentido e se foram galvanizadas tendem a fomentar os extremos”.
Esta manhã em entrevista à RTL, Laurent Berger apelou ao “fim da provocação”. O secretário-geral da CFDT defendeu que “não se encontram num ringue [de boxe]. Não sou eu o problema”.
Esta quinta-feira são esperados entre 600.000 a 800.000 manifestantes. Em 28 de março, a mobilização contra a reforma das pensões, reuniu em todo o país 740.000 manifestantes segundo o Ministério do Interior, mais de 2 milhões de acordo com a CGT.
Em Paris, hoje, são esperados entre 60.000 a 90.000 em Paris, o desfile deve começar pelas 14h00 locais e partirá dos Inválidos até à Praça de Itália.
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— Timothée Forget (@xztim_) April 6, 2023