Por Ivan Longo.
As fotos e vídeos de festas com aglomeração, praias cheias e pessoas desrespeitando protocolos de segurança contra a Covid-19 entre os últimos dias de 2020 e primeiros dias de 2021 têm gerado grande repercussão nas redes sociais. O que muitos não esperavam, entretanto, é que nessas cenas de irresponsabilidade estariam presentes também profissionais de saúde, “linha de frente” no combate ao coronavírus.
O perfil do Twitter, Brazil Covidfest, que vem denunciando essas aglomerações, divulgou, no último dia 31, uma foto de um grupo de médicos em uma festa de revéillon em Pipa (RN). Todos os que aparecem na imagem estão aglomerados em uma plateia cheia de um show e nenhum usa máscara.
Médicos ? curtindo Pipa Rio Grande do Norte #pandemic #covid_19 #COVIDFest pic.twitter.com/Lb3Gxbipdh
— Almirante Ambrósio (@DireitaAmbrosio) January 1, 2021
A foto foi postada por um deles, que no Instagram se identifica como Pedro Badim. “Med Estácio em peso”, escreveu como legenda, em referência ao curso de Medicina da Universidade Estácio de Sá.
Em seu perfil, ele diz que fez residência Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro, e ainda deixa o link do site do Hospital Badim, também na capital fluminense.
Após a exposição da foto por parte do perfil Brazil Covid Fest, Badim deletou a foto e restringiu seu Instagram.
Em postagens do Hospital Badim, unidade de saúde divulgada por Pedro Badim em seu perfil, internautas expressaram revolta.
“Esse é o hospital que tem um estudante da familia Badim que tá aglomerando em festar neh? Que feio, será que ele vai lá no hospital fazer a residência dele e infectar geral?”, escreveu um usuário do Instagram.
“Nojo de hospital com médico que aglomera e passa covid pros pacientes”, postou outro, em meio a inúmeros comentários do tipo.
Fórum entrou em contato com a secretaria municipal de Saúde do Rio de Janeiro para obter um posicionamento da pasta sobre a denúncia feita contra Badim. O órgão, por sua vez, informou que o médico em questão fez residência no Hospital Miguel Couto, mas foi desligado da unidade há cerca de 2 anos.
A reportagem também tentou contato, via telefone e mensagem nas redes sociais, com o Hospital Badim, hospital em que ele trabalharia atualmente, e não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue em aberto para as manifestações.