Por Rodrigo Gomes.
Profissionais de serviço social, movimentos sociais e militantes ligados ao Fórum de Assistência Social de São Paulo (FAS-SP) vão realizar, nesta quarta-feira (16), uma reunião para debater a internação compulsória de dependentes químicos, às 9h, no Sindicato dos Psicólogos, na Vila Mariana. A intenção é estabelecer uma posição conjunta entre as organizações e elaborar um manifesto sobre o tema. O documento será entregue ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e aos demais organismos e conselhos de saúde, segurança e assistência social do estado.
O coordenador do FAS-SP, padre Lédio Milanez, afirma que é contrário à internação compulsória pois considera que é preciso levar em conta a adesão do usuário. “Sempre fomos contra este modelo de intervenção. O ideal seria uma atuação intersetorial, com políticas de saúde, moradia, assistência, educação, levando em conta a vontade do usuário. Além disso, não vislumbramos como poderiam ser atendidas essas pessoas, já que não há serviço especializado em atendimento ao crack no estado de São Paulo”, explica Milanez. O padre disse, também, que a reunião será aberta a participação do todos os interesados.
A reunião foi convocada em reação ao início das operações de cooperação técnica entre governo de São Paulo, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual e a seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), estabelecido na última sexta-feira (11), para facilitar a internação compulsória de dependentes químicos. Com isso, juízes, advogados e promotores passarão a realizar plantões no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), localizado na região conhecida como Cracolândia, no centro da capital, para atender a pedidos de internação compulsória de dependentes de crack e outras drogas.
Fonte: Rede Brasil Atual
