Fornecimentos da vacina russa Sputnik V contra o novo coronavírus a países da América Latina podem começar em dezembro, afirmou Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).
“Nós acreditamos que já em dezembro poderemos iniciar o fornecimento à América Latina, vamos produzir dezenas de milhões de doses de vacina já em dezembro […] para fornecimentos muito ativos serem iniciados em janeiro”, detalhou Dmitriev em um seminário virtual de cooperação com países latino-americanos.
Diretor-geral do RFPI anunciou que a vacina Sputnik V será produzida no Brasil, Índia, Coreia do Sul e China.
“Nós confirmamos poder fornecer grandes volumes [da vacina] em dezembro deste ano. Vamos produzi-la no Brasil, Índia, Coreia do Sul, China e em mais um país”, ressaltou.
Dmitriev salientou também a importância de os reguladores utilizarem os dados dos países onde as vacinas estão sendo testadas.
“E há uma segunda questão, que é a regulamentar. Quão rápido regulador aprovará a nossa vacina. Nós, por exemplo, nos candidatamos a ensaios clínicos brasileiros e esperamos obter aprovação em dezembro. Por isso vamos trabalhar com reguladores para que sejamos aprovados rapidamente em seus países”, afirmou.
“Em breve, anunciaremos acordos com Argentina e Peru, além dos acordos que já temos com o México, o Brasil e vários outros países”, sublinhou, acrescentando esperar que os acordos sejam fechados em novembro.
Diretor-geral do RFPI notou ainda que os países devem escolher um portfólio de vacinas, e não apenas uma. “Não se pode apostar em uma vacina.”
Registrada no início de agosto, a vacina Sputnik V, desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, com financiamento do RFPI, tem despertado a atenção de diversos países.
Mais de 50 países do Oriente Médio, Ásia, América Latina, Europa e Comunidade dos Estados Independentes firmaram acordos de compra da vacina Sputnik V.