Fomos 70%: o bolsonarismo “virou a mesa”?

Há dois meses, em meio a diversos escândalos, popularidade do presidente despencava. Agora, novas pesquisas mostram sobrevida — mas apenas o auxílio-emergencial pode explicá-la? Celso de Rocha Barros e Tatiana Roque analisam

Há dois meses, o governo Bolsonaro parecia estar nas cordas, zonzo com a quantidade de golpes que sofria constantemente. Pandemia, Queiroz, tensão com o Supremo Tribunal Federal, Inquérito das fake news, críticas fortes no Jornal Nacional e na cobertura da Globo em geral, saída de Moro, entre outros, colocaram o bolsonarismo na defensiva e tornaram seus grupos mais explicitamente nazifascistas, como a milícia comandada por Sara Giromini, a dianteira do movimento.

O processo levou a uma evasão forte da taxa de aprovação e migração do regular para o ruim/péssimo nas pesquisas, formando uma tendência declinante que dividia a sociedade em 70/30. Diante disso, houve movimentações na sociedade civil no sentido de formar um bloco #somos70porcento, inclusive como contraponto à constante invocação da figura do “povo” pelo Presidente como ao seu lado.

No entanto, os últimos dias mostram pesquisas indicando recuperação do bolsonarismo, com a subida na aprovação e declínio na reprovação, sem igualar grandes índices de presidentes anteriores, mas em crescente. O que contribuiu para isso? Auxílio-emergencial, pacto com o Centrão e silêncio estratégico são alguns palpites. Mas é buscando compreender o que é válido e o que não é que o Transe receberá Celso de Rocha Barros, sociólogo e colunista da Folha de São Paulo, e Tatiana Roque, matemática, filósofa e vice-Presidenta da Rede Brasileira de Renda Básica, para conversar sobre o assunto na próxima quarta-feira, 19/8, às 20h.

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