Florianópolis: Primeiro dia de greve começou com forte adesão na Capital e Região

Por Janice Miranda.

Fonte: Secom SEEB com informações da Contrafcut.

Greve começa forte na base do SEEB Floripa e direção do Sindicato orienta bancários a intensificarem mobilização para categoria conquistar avanços.

O primeiro dia da greve dos bancários em Florianópolis e Região seguiu a tônica do movimento em todo o país. Com uma adesão forte da categoria, a greve deste ano lida com um dos cenários mais difíceis dos últimos anos no que diz respeito ao processo negocial.

Até às 15h30 desta terça-feira, segundo levantamento feito pelo SEEB, pouco mais de 60% das agência da base do SEEB Florianópolis e Região tinham aderido a greve. Nos bancos públicos a maior adesão é na Caixa Econômica Federal , com 95% das agências paradas. No Banco do Brasil são cerca de 70% de adesão em agências. Os bancos privados tiveram uma adesão maior na capital onde o número de agências fechadas ficou em torno dos 70% no interior a adesão foi menor neste primeiro dia de greve.

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“A greve é um direito da classe trabalhadora e ela acontece quando em mesa de negociação a categoria não consegue uma proposta satisfatória. Passamos praticamente o ano todo trabalhando para os bancos e enriquecendo os banqueiros, quando chega a vez deles de repartir essa fatia de forma generosa, eles se negam. Então a greve é a hora de trabalharmos para nós, de resolver os nossos problemas e não os do banco. Quem faz a greve são os bancários e bancárias, o Sindicato organiza, dá o suporte, a estrutura”, orientou o Secretário de comunicação do Sindicato, Cleberson Pacheco Eichholz.

A categoria reivindica 16% de reajuste (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real), entre outras pautas, como o fim do assédio moral e das metas abusivas além da contratação de mais bancários. A Fenaban ofereceu apenas 5,5%, o que representa perda real de mais de 4% para os salários e demais verbas da categoria, já que a inflação acumulada de agosto ficou em 9,88% (INPC).

Outra proposta rechaçada pelos bancários foi o abono de R$2.500,00, o qual não se integra ao salário, incide imposto de renda, INSS e representa total retrocesso em relação aos últimos anos. Entre 2004 e 2014, os bancários conquistaram, com muita mobilização, 20,7% de ganho real nos salários e 42,1% nos pisos.

“A proposta de reajuste de 5,5% que a Fenaban apresentou no dia 26/09, em São Paulo é vergonhosa diante da realidade de lucros dos bancos que passam bem longe da crise. O abono de 2.500,00 também oferecido não foi sequer cogitado pelo Comando uma vez que não reflete nas outras verbas salariais. Somos capazes de melhorar essa proposta, mas isso só vai ser possível se todos e todas aderirem efetivamente a greve, ou seja, suspender os trabalhos. Pois de nada adianta deixar de atender a população, porém ficar dentro da agência trabalhando pelo telefone. Essa atitude prejudica a greve e fica ainda mais difícil de avançar nas conquistas”, explicou o presidente do Sindicato, Marco Silvano.

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