A prefeitura de Florianópolis (SC) é mais uma cidade a adotar o IPTU Verde. A ação oferece descontos de até 5% no valor do imposto para os contribuintes que tiverem imóveis com soluções ecologicamente corretas e sustentáveis. Entre esses critérios estão a captação de água de chuva, reuso de água na habitação e a instalação de sistemas fotovoltaicos para captação e geração de energia solar. Guarulhos (SP), Salvador (BA), Goiânia (GO), Ipatinga (MG), Barretos (SP) e Camboriú (SC) são alguns dos outros municípios brasileiros que já adotaram esta prática.
Adesão baixa de microgeração solar – Apesar dos incentivos dos governos federais e municipais, a adesão às soluções sustentáveis residenciais ainda é baixa em todo o Brasil. Um exemplo é a microgeração solar. Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) mostram que apenas 290 unidades foram registradas no país com sistemas solares oficialmente integrados na rede de energia. A possibilidade de gerar a própria energia com recursos sustentáveis, como a luz do sol ou a força do vento, foi regulamentada em 2012 pela Aneel.
“Com a baixa nos reservatórios das usinas hidrelétricas e a consequente alta no valor da luz, a microgeração residencial poderia ser uma opção viável para combater a escassez de energia”, fala Maurício Guarnieri, engenheiro da Araxá Energia Solar, empresa que faz projetos e instalações de sistemas de geração solar. Um dos motivos da baixa procura pode estar nos custos, considerados altos pela maioria dos brasileiros. Uma instalação de microgeração solar em uma residência para quatro pessoas custa em média de R$ 15.000 a 20.000. Esse valor é retornado mês a mês com o desconto na conta de luz, zerando o investimento entre sete e doze anos.
“As pessoas precisam ver como um investimento de longo prazo com foco na sustentabilidade, pois não há desperdício, visto que a energia não consumida é trocada por crédito através da conexão com a concessionária.”, explica Maurício. “Ainda é mais comum vermos grandes condomínios investindo nos projetos, mas acredito que com o aumento da informação, as pessoas passarão a compreender o valor integrado da geração solar e verão a microgeração como um investimento para a família”, finaliza o engenheiro.
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Fonte: Em Voga.