Florianópolis, 4 de setembro 2013.
Soberania é uma palavra vazia se quem recebe esse favor do eleitorado não cumpre com a autoridade que lhe foi concedida para representar o bem coletivo e, com ele, todas as facetas da soberania. Qual é a autoridade suprema do Povo Soberano se seu representante mantém relações com um império bandido que intercepta mensagens alheias, que invade e desestabiliza países, se não for suficiente com a diplomacia, com as armas?
Brasil foi atacado na sua Soberania pelos Estados Unidos através dos sistemas de espionagem e, timidamente, chamou o embaixador norte-americano Tomas Shannon “para cobrar explicações”.
Shannon, um executivo pragmático, ex-subsecretário do Departamento de Estado para o Hemisfério Ocidental, já serviu no Brasil entre 1989 e 1992. Na atual passagem e durante o processo posterior ao derrocamento do Presidente Zelaya em Honduras, foi encarregado de negociar com o Brasil a aceitação do governo de “transição democrática” instalado em eleição fraudulenta naquele país. Também foi encarregado pelos EUA de controlar as relações entre o Brasil e o Irã. Shannon é, como todo embaixador norte-americano, um interventor. Com ele, um séquito de organizações de interferência social, política e econômica age de forma articulada: ONGs, empresas de armamento, multinacionais farmacêuticas, e todo ramo de bandidagem e exploração de solo, mão de obra, intelectos e produção.
De tal modo, o Planalto, deveria ao menos, retirar seu embaixador dos Estados Unidos e devolver Shannon ao seu país. Isso tudo num processo de “esclarecimento” do que está mais do que claro. O mais desinformado cidadão sabe que os EUA vigiam e-mails, telefonemas e faz seguimento de pessoas e organizações.
A Soberania de qualquer país é inviável pela só presença de um administrador imperial. Ser soberano ou não é uma decisão que ao governo do Partido dos Trabalhadores no poder, por voto popular, lhe corresponde tomar na defesa do Brasil.