Florianópolis, 28 de agosto de 2013.
Toda sociedade guarda dentro de si as melhores e piores características do ser humano. Algumas vão criando formas solidárias, fraternas que amenizam os traços mais pobres do espírito humano. O fazem numa construção coletiva; a melhor forma, a mais justa e própria de civilizar-se e crescer como protagonista de um Mundo melhor. Outras, pelo contrário, desistem de tais construções, por interesses ou desinteresses, ou estão crivadas das interferências dos que sempre tiveram o poder ou a ele serviram e servem.
Pode-se invadir um país, gerar um novo genocídio e não ter resposta da humanidade frente a tamanha brutalidade pelo só fato de possuir a maior máquina bélica da história? Pode-se. Os genocídios cometidos no Iraque e Afeganistão, a invasão travestida à Líbia o demonstram. É um ato tão covarde da humanidade, tão insano e cínico, que até costuma ser batizado com cores, com primaveras e outras “anomalias idiomáticas” que disfarçam a morte em benefício de poucos.
Uma guerra imperial é assim. Mas, não é o único sintoma de estupidez humana. Nem faltariam setores oportunistas de direita (óbvio) e de esquerda (lastimável) que os apoiem em algum momento, com análises que vigoram poucas horas e legitimam anos de desastres. Porém, isso tudo decorre na trajetória da Luta de Classes, muito além de posições conjunturais.
De agressão de classe se tratam a guerra e o genocídio. Guerra de classe do opressor que extermina sem piedade o que lhe sobra da classe oprimida e lhe rouba o que não se cansa de exaurir. Luta de Classes nossa em permanente resistência, em qualquer país, e, qualquer momento da história. Até que as classes desapareçam.
A agressão dos impérios da OTAN a Síria e a agressão no Brasil aos médicos cubanos, forma parte da Luta de Classes, da classe que explora contra a Classe que produz. A luta entre os que servem à classe dominante e os que resistem com a Classe que se Libertará.