Florianópolis, 10 de setembro 2013.
Em 11 de setembro se cumprem 40 anos do Golpe de Estado genocida no Chile, impetrado pela oligarquia e os interesses dos Estados Unidos, executado pelo criminoso Augusto Pinochet e sequazes. Faz 40 anos que Salvador Allende foi assassinado ou forçado a se matar, o que dá na mesma. Com sua morte e a repressão brutal organizada desde o Império, suspenderam-se o progresso, a cultura e a comunicação livres no Chile.
É neste dia nefasto para a Liberdade e a Soberania que os estudantes do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina convidam Desacato.info para debater, no marco da 12ª Semana do Jornalismo, sobre Jornalismo Independente. Isto nos instiga a compartir algumas afirmações com nossos leitores.
O jornalismo independente é uma resposta das pessoas livres à descomunicação patrimonialista imposta pelos grupos tradicionais de poder, as nações poderosas, as multinacionais, os setores culturais mais conservadores e a apatia, ou mesmo covardia, dos governos. Com sua inação para destruir os monopólios possuidores econômica, estrutural e juridicamente de um privilégio que distorce, suja e corrompe a democracia, em favor dos capitais transnacionais, oligárquicos e antipopulares, os governos se convertem em coniventes dos mesmos.
O jornalismo independente é corresponsável pelos avanços do campo popular, pela unidade nascente da América Latina e do Caribe, pela obtenção de direitos dos setores mais excluídos e discriminados da sociedade.
Esse jornalismo independente jamais deverá ser subservente a governos, multinacionais, ONGs, pois perderia sua independência e sua contribuição com a Soberania Comunicacional, e a Educação e Formação da Classe Trabalhadora. A independência editorial desenvolve a crítica construtiva, a cultura solidária e a civilização fraterna. O jornalismo independente não deve estar submetido ao preço da sua necessidade. Sem jornalismo independente não há sociedades livres.