Por Fabíola Salani.
Ao longo de dois anos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), desembolsou quase R$ 300 mil para comprar 12 salas comerciais no Rio de Janeiro que não passaram por suas contas bancárias. A informação consta em reportagem do jornalista Igor Mello, do UOL, publicada neste sábado (14).
De acordo com a matéria, a informação consta da denúncia feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) protocolada no Órgão Especial do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) contra o senador. Os investigadores apontam que esse valor foi usado por Flávio entre os anos de 2008 e 2009 e sua origem é incerta.
Somente em 2008, o valor que Flávio pagou pelas salas chegou a R$ 262 mil, sempre de acordo com a matéria. No entanto, naquele ano, ele sacou pouco mais de R$ 90 mil de sua conta. Mas boa parte desse valor pode ter sido usado para pagar despesas pessoais do parlamentar. Isso porque, segundo constataram os promotores nos extratos bancários do filho do presidente, ele praticamente não usou cartões de débito e crédito.
As acusações constam da denúncia oferecida pelo Ministério Público contra Flávio no caso das “rachadinhas”. O processo apura desvios de salários de assessores do parlamentar quando ele era deputado estadual no Rio de Janeiro. O esquema seria comandado pelo ex-PM Fabrício Queiroz, de acordo com a denúncia. E os recursos serviriam para custear as despesas do filho do presidente.