Por Isabela Alves.
Com o fim do auxílio emergencial em dezembro, a pobreza extrema no Brasil cresceu logo no início de 2021.
A informação foi divulgada pelo FGV Social a partir de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) Contínua e Covid-19.
De acordo com a projeção realizada pela entidade, são quase 27 milhões de pessoas nesta condição. Ou seja, 12,8% dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês (R$ 8,20 ao dia).
Isso significa que existem mais pessoas na pobreza do que antes da pandemia e do que no começo da década passada, em 2011.
O pagamento do auxílio emergencial ajudou a diminuir a pobreza para 4,5% (9,4 milhões) e beneficiou cerca de 55 milhões de brasileiros.
Além da população que vive em extrema pobreza, o Brasil terá que enfrentar grandes desafios ao longo do ano, já que as mortes para a Covid-19 não deixam de crescer e também há o atraso no planejamento da vacinação.
O pagamento do auxílio emergencial custou cerca de R$ 322 bilhões, a maior despesa do Orçamento de Guerra contra a Covid-19.
Com essa e outras medidas emergenciais, em 2020 a dívida pública saltou 15 pontos, atingindo 89,3% como proporção do PIB e R$ 5 trilhões.