Por Camila Rodrigues da Silva.
A greve dos trabalhadores do transporte acaba de terminar logo após decisão na assembleia. Amanhã, os ônibus voltam a funcionar normalmente e a negociação continua com os serviços em funcionamento.
A decisão pelo fim da greve se deu porque a categoria não concordou com o dissídio de greve, que seria julgado nesta quinta-feira (13/06).
“Somos contra a decisão normativa do poder do Estado de interferir na livre negociação entre trabalhadores e patrões”, explicou o secretário de comunicação do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis), Dionísio Linder. Ao contrário do que foi divulgado nos outros veículos, Linder afirma que a categoria não está mais em estado de greve.
Segundo os jornais da cidade, o prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior, divulgou nota em que diz “que [o fim da greve] foi uma vitória da sociedade e do Estado de Direito. Agora é partir para uma nova licitação, para um novo modelo que não permita mais que esse tipo de situação volte a ocorrer no futuro”. Não permita a reivindicação dos trabalhadores, senhor prefeito?
Campanha de educação e comunicação
A partir de agora, os esforços estarão concentrados em mostrar para a população que os argumentos contra a greve, que associam o pedido de reajuste a um possível aumento de tarifa, não são corretos.
“Queremos mostrar para a população que os empresários têm superfaturamento, que a presidente Dilma isentou as empresas de ônibus de PIS e Confins e que, com isso, as empresas de ônibus da Grande Florianópolis economizam R$ 6 milhões por ano. E que, assim, eles não precisam aumentar tarifa de ônibus para reajustar nosso salário”.
Outro foco é a campanha de, em uma próxima greve, promover a catraca livre. Ou seja, os ônibus continuarão a funcionar, mas sem pagar passagem. A proposta foi ironizada na noite desta segunda-feira (10/06) pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho, o desembargador Gilmar Cavalieri. Quem quiser apoiar a proposta, basta assinar aqui.
Não está descartada a hipótese de uma nova greve.