Fidel: a rápida correção de um pequeno poema

Por Raul Fitipaldi, para Desacato.info

Quando tomado pela emoção causada pela morte do companheiro Fidel escrevi o poema E agora imperialista? (http://desacato.info/e-agora-imperialista/), o sentimento não me permitiu compreender, de pronto, o que era óbvio, coberto de lógica e inevitável. Então, comparando a eternidade de Fidel com a desaparição física e histórica de todos seus detratores imperialistas, presidentes ianques, cubanos de Miami, et caterva, lancei-me à desnecessária tarefa de afirmar que o nome de Fidel estaria em todo quanto é espaço físico. Uma tolice.

Fidel ocupará um espaço tão claro e perene dentro todos e todas os que almejamos Outro Mundo Possível, milhões e milhões de humanos ao redor da Terra, que seria um despropósito colocar seu nome numa rua, num prédio de cimento, em qualquer lugar físico. Fidel está em nosso sentimento mais íntimo. Logo ali e dentro de nós.

Mas, a correção à minha infortunada asseveração não se fez esperar. Fidel, deixou expressamente pedido que “uma vez falecido, seu nome e sua figura nunca fossem utilizados para denominar instituições, praças, parques, avenidas, ruas ou outros sítios públicos, nem levantados em sua memória monumentos, estátuas e outras formas similares de tributo”.

Na segunda-feira, dia 26 de dezembro, esse desejo, transformado em Projeto de Lei foi aprovado pela Assembléia do Poder Popular de Cuba, corrigindo assim um pequeno poema e demonstrando, mais uma vez, o caráter modesto, austero e o senso de igualdade perante os outros desse ser incomparable na história dos Povos.

 

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