Por Mônica Nunes.
Ciência e boteco combinam? Ao que parece, sim. Taí o Pint of Science – maior festival de ciência que acontece em várias cidades pelo mundo – pra provar. Essa história começou na Inglaterra, em 2012, quando dois pesquisadores do Imperial College London – Michael Motskin e Praveen Paul – colocaram em prática sua intenção de aproximar cientistas das pessoas comuns de uma forma descontraída para conversar sobre ciência, tornando-a mais pop.
Pint of Science em Florianópolis
No primeiro encontro, portadores de Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e doenças neuromusculares foram convidadas a visitar laboratórios e ver de perto os pesquisadores em ação, além de tomar conhecimento sobre as pesquisas que realizavam naquela época. Tudo foi tão inspirador que os cientistas resolveram fazer um evento fora das universidades e dos institutos de pesquisa. Foi assim que surgiu o Pint of Science – o nome tem origem no copo inglês de cerveja, chamado Pint. Em tradução livre, seria Copo da Ciência.
Deu certo e aos poucos a ideia começou a ser disseminada em outros países, como no Brasil.
Este ano, 21 países aderiram e participaram do festival durante três dias: 14, 15 e 16 de maio. Entre eles, estão, além da Inglaterra, Bélgica, Portugal, França, Irlanda, Itália, Grécia, Rússia, Tailândia, Cingapura, México, Paraguai e Brasil. No Google Maps dá pra ver todos os países que participarão este ano.
No ano passado foram apenas dez países. A adesão dobrou e os organizadores querem que o evento se espalhe cada ano mais. “Quero levar o Pint of Science para todas as cidades do mundo e comunicar a ciência como ela é: divertida, fascinante e inspiradora”, disse Motskin no site original do evento.
No Brasil, 56 cidades vão debater ciência em bares e restaurantes
Por aqui, o Pint of Science Brasil vai compartilhar a diversidade da ciência em 56 cidades de todas as regiões, em cerca de 500 bate-papos, também nos dias 14, 15 e 16 de maio, das 19h30 às 21h, com entrada gratuita.
Simpatizantes, curiosos, cientistas e estudantes só pagam o que consumirem no local e, assim, poderão tomar conhecimento dos mais recentes estudos dos pesquisadores presentes, além de debater sobre o impacto da ciência na sociedade de um jeito informal e gostoso.
Não é preciso fazer inscrição. É só chegar! Consulte a programação pra saber os endereços.
O prof. José Sabino, colaborador do Conexão Planeta (ele assina o blog Sapiens e Outros Bichos, aqui no site), por exemplo, vai participar dessa jornada com a palestra cheia de informação e bom humor Sexo, Diversão e Biodiversidade.
Abaixo, reproduzo o vídeo-convite que ele fez pra contar sobre essa participação. E aproveito para convidá-los a ler seu último post, publicado na semana passada, que fala do desprezo da maioria dos brasileiros pela ciência, apesar de tão bela e necessária: O desprezo pelos encantos da ciência.
Foto e ilustração: Divulgação
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