Festival Funarte Acessibilidança encerra agenda com ‘Annata’ e ‘Só se fechar os olhos’, de São Paulo

Espetáculos fazem parte da primeira edição do evento, que premiou 25 projetos de dança inclusiva das cinco regiões do Brasil

“Annata” (Divulgação/Milton Jesus) e “Só se fechar os olhos” (Divulgação/Thamires Mulatinho)

A Fundação Nacional de Artes – Funarte encerra, na próxima semana, nos dias 3 e 5 de novembro, a programação do primeiro Festival Funarte Acessibilidança. Dois espetáculos premiados de São Paulo, Annata, do Núcleo Quimera de Criações, e Só se fechar os olhos, do Coletivo Desvio Padrão, serão lançados no canal da Fundação no YouTube, em vídeos com audiodescrição e Libras. Esta última etapa contempla projetos da região Sudeste. Outras 23 performances inclusivas, das demais regiões do país, já podem ser vistas na plataforma on-line, em bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca.

No dia 3 de novembro, quarta-feira, o Núcleo Quimera de Criações, de São Paulo, exibe Annata. O projeto surgiu da união de três artistas: um coreógrafo; um bailarino e artista visual; e um videomaker. O objetivo era unir vivências artísticas em uma única criação, que envolvesse dança, música, literatura, artes plásticas e vídeo. Os textos Elegias de Duíno, de Rainer Maria Rilke; Coríntios – 13.1, de Paulo de Tarso; e A Tempestade, de William Shakespeare, foram as fontes de inspiração para a obra. A narrativa traz um homem/anjo que viaja pelas formas de expressão corporal do minimalismo e explora a liberdade de movimentação da dança contemporânea. A peça coreográfica aborda a relação idealizada entre anjos e humanos, anseios, infortúnios e a busca constante por unidade. Victor Andreucci, artista com Síndrome de Down, é um dos bailarinos convidados.

Para encerrar a agenda da primeira edição do Festival, no dia 5 de novembro, sexta-feira, Só se fechar os olhos, de São Paulo, chega à plataforma de vídeos. A obra coreográfica do Coletivo Desvio Padrão propõe um mergulho na audiodescrição, para fazer emergir temas de grande alcance, que buscam tocar nas camadas mais profundas dos processos mentais. A concepção e a performance são assinadas por Maria Fernanda Carmo e Mariana Farcetta. “O duo de dança só acontece dentro da mente daqueles que são cegos ou daqueles que topam fechar os olhos para viver essa experiência de estar privado da visão. O texto que descreve essa dança inusitada, escrito por Edgar Jacques (ator e dramaturgo cego desde a infância), é narrado pelas performers, imóveis em cena. O criador dessa montagem nunca viu uma obra de dança. E isso lhe permite criar o que bem entender”, explica o grupo.

Sobre o Festival

A primeira edição do Festival Funarte Acessibilidança foi criado a partir das ações do Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020. No concurso público, foram premiados 25 projetos de vídeos de espetáculos, que promovem o acesso de todas as pessoas à arte. O objetivo do processo seletivo é valorizar e fortalecer a expressão da dança brasileira, bem como fomentar a democratização, a inclusão e a acessibilidade.

Com a iniciativa, a Funarte busca realizar novas ações a partir do uso das mais recentes tecnologias, estendendo, desse modo, um novo modelo para todo o Brasil. Assim, a Fundação reforça seu compromisso de promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país; e de atuar para que a população possa cada vez mais usufruir das manifestações artísticas. Criada em 1975, a Funarte segue, portanto, empenhada em acompanhar as transformações no cenário artístico e social.

O coordenador de Dança, Fabiano Carneiro, destaca a importância do projeto e já adianta uma série de desdobramentos e conexões que estão sendo estabelecidas a partir do lançamento do programa inédito na instituição. “O Festival Funarte Acessibilidança tem um papel de extrema relevância para a classe artística e para a sociedade, ao contemplar a participação de artistas com e sem deficiência em sua programação. O festival proporciona, ao público espectador, uma agenda diversificada e totalmente acessível por meio dos canais digitais da Funarte. Estamos planejando a segunda edição do Festival e, em breve, vamos realizar encontros virtuais entre os artistas das diferentes regiões do Brasil”, ressalta o coordenador.

Festival Funarte Acessibilidança

Acesso gratuito, no canal: bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca

Com audiodescrição e Libras

Encerramento da Etapa Sudeste

Espetáculo Annata, do Núcleo Quimera de Criações (SP)
Dia 3 de novembro, quarta-feira, às 20h

Ficha técnica:
Direção, direção de fotografia, edição e finalização: Milton Jesus | Direção cênica, direção e coreográfica e desenho de luz: Felipe Chepkassoff Ribeiro | Intérprete e cenografia: Wolnei Macena | Figurino: Jerônimo Vitor | Atores convidados: Alexandre Castelli e Victor Andreucci | Participação especial: Marcia Milanesi | Criação: Wolnei Macena e Felipe Chepkassoff Ribeiro | Elenco: Wolnei Macena, Alexandre Castelli, Victor Andreucci e Marcia Milanesi | Produção e administração: Jenifer Botossi | Improvisos: Victor Andreucci | Narração: Alexandre Castelli | Intérprete de Libras: Daniela Bacellar | Produção de vídeo: Teia Audiovisual

Montagem Só se fechar os olhos, do Coletivo Desvio Padrão (SP)
Dia 5 de novembro, sexta-feira, às 20h

Duração: 45 minutos
Classificação indicativa: livre

Ficha técnica:

Concepção, performance e locução: Maria Fernanda Carmo e Mariana Farcetta | Texto, coreografia e direção: Edgar Jacques | Composição e viola caipira: Enrique Menezes | Violoncelo: Rafael Ramalhoso | Sonorização: Enrique Menezes e Maria Fernanda Carmo | Transcriação (tradução criativa) para Libras: Yure Borges e Catharine Moreira |Interpretação em Libras: Catharine Moreira e Nayara Silva| Concepção de luz: Enrique Menezes | Operação de luz: Fernando Melo |Filmagem, edição e legendagem: Manoela Cardoso | Local de gravação: Funarte SP

Espetáculos disponíveis no canal da Funarte no YouTube

Região Norte: Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)

Região Sul: Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)

Região Nordeste: Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN); Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE); Maré – Versão virtual e acessível, do Coletivo CIDA (RN); Rio sem Margem, do bailarino Elísio Pitta (BA); de Plenitude, da Cia. de Dança Eficiente (PI); Ah, se eu fosse Marilyn!, do coreógrafo Edu O. (BA), e Proibido Elefantes, da Cia. Gira Dança (RN)

Região Centro-Oeste: Capão Dançante, da Cia. Theastai de Artes Cênicas (MS); Depois do Silêncio, da Arteviva Produções Artísticas e Universo Criativo (DF); Rodas em Dança: Livre e Lives, da Cia. de Dança Street Cadeirante (DF), e TransBordar, do Grupo de Dança Diversus (GO)

Região Sudeste: Coisa de Anjo, da Cia. ILTDA (RJ); Olhares Ímpares, da Pulsar Cia. de Dança (RJ); Conexões, da Trupe CircoDança (SP); Húmus, da bailarina Renata Mara (MG); Diversidade na dança através da singularidade de cada bailarino, da Cia. Carioca sobre Rodas (RJ), e Elementos disponíveis para outras composições, da Cia. Gente (RJ)

Realização
Fundação Nacional de Artes – Funarte | Centro de Artes Cênicas | Coordenação de Dança | Secretaria Especial da Cultura | Ministério do Turismo | Governo Federal

Mais informações para o público: [email protected]

Mais informações para a imprensa
Assessoria de Comunicação – Funarte
[email protected]

Outras ações e editais da Funarte: www.funarte.gov.br

Livia Gomes
Assessoria de Comunicação
Fundação Nacional de Artes – Funarte
(21) 2279-8065 / 2279-8056

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