Por João Oscar de Com Causa DH.
O caso de Ilines Almeida
Em Belford Roxo, a personal trainer Ilines Almeida, de 31 anos, foi encontrada morta no banheiro de casa. O principal suspeito é seu ex-marido, Val Machado, que chegou a alegar que ela tirou a própria vida. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou asfixia como causa da morte, desmontando a versão dada por ele.A mãe de Ilines revelou que sua filha já havia denunciado Val por agressões anteriores, incluindo episódios de enforcamento, mas acabou retirando a queixa e reatando o relacionamento. Agora, o ex-marido está preso e responderá pelo crime.
O feminicídio de Larissa dos Santos
Outro caso que chocou a Baixada foi o assassinato de Larissa dos Santos, de 25 anos, em Nova Iguaçu. Ela foi brutalmente morta pelo homem que saiu algumas vezes e sua atual esposa. A jovem foi vítima de violência extrema, demonstrando o risco letal da violência de gênero quando não há intervenção a tempo.
As polícias Civil e Militar prenderam no domingo (26) Alan Santos Gusmão Júnior, de 26 anos, e Leandra Victoria de Souza Fortunato, de 22, suspeitos do feminicídio de Larissa dos Santos Silva, de 25 anos. O casal foi detido na casa de amigos no bairro São Sebastião, em Petrópolis, onde estavam escondidos.
Feminicídios em alta exigem resposta urgente
A Baixada Fluminense tem sido uma das regiões mais afetadas pelo feminicídio no estado do Rio de Janeiro. Nos primeiros dois meses de 2024, o estado registrou 20 feminicídios e 82 tentativas, um aumento de 25% e 54,7%, respectivamente, em comparação a 2023.
Diante desse cenário, especialistas e organizações de direitos humanos alertam para a necessidade de mais investimentos em políticas públicas, criação de abrigos para mulheres em risco, ampliação das Delegacias de Atendimento à Mulher (DEAMs) e fortalecimento da rede de apoio às vítimas.
Os casos de Ilines Almeida e Larissa dos Santos não podem ser esquecidos. A luta contra o feminicídio precisa ser uma prioridade para evitar que mais mulheres percam suas vidas para a violência de gênero.
Se você ou alguém que conhece está em situação de risco, denuncie! Ligue 180 ou procure a delegacia mais próxima.
João Oscar – Equipe Comunicando ComCausa
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