Família de Sheikh Jarrah ameaça auto-imolação contra demolição de sua casa

Forças de segurança israelenses montam guarda para impedir que palestinos passem por um posto de controle israelense na entrada do bairro Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, durante um protesto de manifestantes exigindo a reabertura do bloqueio, em 29 de maio de 2021 [AHMAD GHARABLI/AFP via Getty Imagens]

Cercados de botijões de gás, integrantes da família Salhia ameaçaram atear fogo em si e em tudo caso a polícia israelense insistissem em expulsá-los à força.

Israel avança na destruição do bairro palestino. Na segunda-feira, a creche que a família Salhia administrava foi demolida.

“Vou queimar a casa e tudo o que há nela, não vou sair daqui, daqui até o túmulo, porque não há vida, nem dignidade”, gritou Mahmoud Salhia pela manhã, a postos, de pé no telhado da casa;

O fato provocou reações internacionais reconhecendo a ilegalidade dos despejos e demolições.O escritório representante da  União Europeia postou no Twitter a declaração de que essas práticas são “ilegais sob a lei internacional e prejudicam significativamente as perspectivas de paz, bem como alimentam as tensões locais”. Foi seguido pelo embaixador holandês em Israel, Hans Docter, que twittou: “A tentativa contínua de despejar uma família palestina de sua casa em Jerusalém Oriental é contrária à lei internacional e corre o risco de uma maior escalada”.

A Autoridade Palestina considerou que o caso  “se enquadra no quadro de deslocamento forçado que viola o direito internacional e humanitário e  pediu à administração Biden que intervenha.

Em meio às tensões e à visibilidade da situação, a polícia se retirou sem conseguir demolir o imóvel, mas a ordem não foi suspensa.

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