Fachin mantém anulação de sentenças contra Lula e rejeita recurso da PGR

Ministro remeteu recurso da PGR contra Lula ao plenário do STF, embora casos da Lava Jato, da qual é relator, tramitem na Segunda Turma

Foto: Paulo Pinto/Fotos Publicas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin rejeitou recurso apresentado nesta sexta-feira (12) pela Procuradoria-Geral da República. A PGR contesta decisão de Fachin que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em função da Operação Lava Jato. E pede que seja mantida a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba nas ações cujas sentenças foram anuladas por Fachin. São quatro: do caso do tríplex de Guarujá (SP), do sítio de Atibaia (SP), da sede do Instituto Lula e das doações à entidade.

Na segunda-feira (8), Fachin, que é o relator dos casos da Lava Jato no STF, considerou a Vara de Curitiba incompetente para tratar das ações contra Lula. Por isso, a decisão foi proferida monocraticamente, ou seja, unicamente pelo relator. Com isso, Lula recupera os direitos políticos e volta ao jogo como nome elegível para 2022.

Plenário ou Segunda Turma

A PGR argumentou contra a decisão de Fachin com base na “preservação da estabilidade processual” e segurança jurídica. Solicitou, ainda, que o caso seja remetido ao plenário do STF. O ministro, então, deu prazo de cinco dias para que a defesa do ex-presidente Lula se manifeste sobre o recurso da PGR. E entregará essas considerações a julgamento do plenário.

“Mantenho as razões que levaram a conceder o habeas corpus, porquanto apliquei ao caso a orientação majoritária do colegiado, a ser ou não mantida no pleno”, escreveu o ministro. No entanto, parte do mundo jurídico considera que o assunto deve ser levado à Segunda Turma, fórum que discute as questões da Lava Jato na Corte, e não ao plenário.

No dia seguinte à decisão de Fachin, a Segunda Turma do STF retomou o julgamento da suspeição de Sergio Moro, considerado parcial pela defesa de Lula para tomar decisões em processos contra o ex-presidente. O julgamento da suspeição acabou interrompido, após pedido de vista pelo ministro Nunes Marques.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here


This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.