Fábrica de celulose e papel de SC se compromete a combater assédio eleitoral

Segundo relatos, diretores pediram voto e fizeram distribuição de adesivos políticos para induzir funcionários a votarem no partido que apoiam

Joaçaba – A fabricante de celulose e papel Santapel, localizada no município de Tangará (SC), assinou termo de ajuste de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) para se comprometer a coibir casos de assédio eleitoral contra seus empregados. Segundo relatos, o assédio eleitoral aconteceu por meio de mensagens no grupo da empresa, no qual os diretores pediram voto e fizeram distribuição de adesivos políticos, induzindo os funcionários a votarem no partido no qual o grupo apoia.

Pelo TAC, a empresa assumiu a obrigação de publicar uma nota de retratação, pelo mesmo meio em que veiculada a irregularidade, se comprometendo a respeitar o direito à livre manifestação de voto e a obrigação de não realizar campanha pró ou contra qualquer candidato no ambiente de trabalho.

Também firmou compromissos de não cometer atos de assédio ou coação eleitoral, a não intimidar trabalhadores, a respeitar as liberdades individuais previstas na Constituição Federal, incluindo o direito ao voto livre e secreto, e a garantir que todos os seus empregados participem do pleito eleitoral.

A multa é de R$ 10 mil por obrigação descumprida.

O acordo do PP n.º 000268.2024.12.004/7 – 59, foi assinado perante a procuradora do Trabalho Juliana Lima de Brito.

Até o final da tarde desta segunda-feira (16), o MPT-SC contabilizava 11 denúncias por assédio eleitoral em 2024. Em todo o Brasil o número chegava a 280 registros.

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