A Fundação Cultural Badesc abre no dia 2 de julho, quinta-feira, a partir das 19h, no Espaço 2, a exposição Paragens, de Manuela CostaLima. Entrada gratuita. Paulistana, a artista tem no caminhar o ponto de partida de grande parte de seus trabalhos. E foi no caminhar pela orla de Florianópolis por mais de uma semana, que ela coletou pedras marinhas que formam o conjunto deste trabalho.
“As pedras estão sendo gravadas com as coordenadas desses lugares por onde passei. Não me interessam as pedras simplesmente, mas as pedras gravadas com as indicações de seus pontos de origem”, explica Manuela.
Para realizar o trabalho, a artista hospedou-se na praia da Barra da Lagoa, região leste da ilha. “Pela minha localização, acabei percorrendo um caminho para o sul e explorei mais essa região. Florianópolis tem uma natureza deslumbrante vai permitir eu compartilhar com o público estes locais onde estive e me detive e que ganharam novos significados e tornaram-se lugares: Paragens!”, explica a artista.
Paragens é o primeiro trabalho com pedras realizado por Manuela, embora ela as colecione há algum tempo “As pedras me encantam porque são matéria antiga, foram por muito tempo moldadas pela natureza”, declara.
Sobre a exposição
O nome da exposição baseia-se na morfologia da palavra conforme descrito no dicionário e que tem três significados que se interligam com a proposta de Manuela CostaLima: Paragem – pa.ra.gem sf (parar+agem) – Ato de parar; lugar onde se para; parte do mar próxima à terra e acessível à navegação.
Paragens é portanto, resultado de um caminho real pela orla em que foi feita a coleta de pedras marinhas. Junto às pedras dispostas no chão está Geopantone, uma escala de cores obtidas por imagens do Google Street View. Nesse caminho virtual pelo computador o olhar se concentra na linha do horizonte, lugar de repouso, paragem do olhar. A partir de aproximações máximas dessas imagens obtêm-se os planos de cor que compõe a sequência.
Sobre a artista
Manuela CostaLima é arquiteta formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo, onde vive e trabalha. Desde 2012, tem participado de exposições com destaque para a 21ª Mostra de Visualidade Nascente, da Universidade de São Paulo; no Centro Maria Antônia, quando foi agraciada com uma menção honrosa; a coletivaAtlas, no Palácio das Artes de Belo Horizonte; o 46º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba, e o Duplo, sua primeira exposição individual, realizada na Casa da Cultura de Paraty.
Pedras Errantes, sua mais recente individual, realizou-se durante o mês de maio deste ano, no espaço zip’up da galeria Zipper, em São Paulo. saiba mais sobre o trabalho da artista no site www.manuelacostalima.com
Fonte: Calendário Floripa
Ainda não havia visto o termo “pedras marinhas”, relacionadas a este tipo de granito. Será que houve autorização dos órgãos fiscalizadores do meio ambiente para que as pedras fossem retiradas da orla?