Exposição “Mil palavras: Um Museu Imaginário”

Na próxima quarta-feira, 8 de abril, às 18h, o Museu da Escola Catarinense (Mesc), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), iniciará a mostra visual “Mil Palavras: Um Museu Imaginário”, que é gratuita e ficará aberta ao público até o dia 30.

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Segundo a coordenadora do projeto, professora Sandra Ramalho, do Centro de Artes (Ceart), os artistas partiram do conceito da obra literária “Musée Imaginaire”, do intelectual francês André Malraux, para produzir a mostra. “O conceito pode ser entendido de diversos modos, até como um museu imaginário, composto por imagens de arte constantes da memória de cada pessoa”, esclarece a coordenadora.

Musée Imaginaire, obra literária de André Malreaux, intelectual francês falecido em 1976, trata do conceito-título de diversos modos: museu impactado pela descoberta da fotografia; como precursor do hiper-realismo; questionador de molduras; museu de reproduções; ou museu imaginário, composto por todas as imagens da arte da memória de cada um, em pensamento, apenas.

Em uma espécie de contraposição a isso, temos um museu físico com uma imensa área e poucos espaços ocupados. Mas se a vida é a escola, e a escola é a vida, se a arte imita a vida e desta aquela busque cada vez mais se aproximar, o espaço do Museu da Escola Catarinense como que se oferece para receber um Museu Imaginário, embora a imaginação prescinda de espaço físico.

Tomando o conceito alargado de Malraux, Museu Imaginário, esta mostra consiste em um conjunto de obras escolhidas no acervo imaginário de cada participante, as quais foram traduzidas por palavras que tomam formas e sugerem contornos e planos de obras de arte consagradas, de diferentes momentos da História. Não houve prévia definição acerca do período ou movimento a ser apresentado, ou qualquer outro critério; trata-se de uma coincidência a presentificação de diferentes momentos, estilos e propostas de arte.

Cada qual, ao fazer a curadoria da “sua” obra, fez suas escolhas não apenas pela obra em si, nem por uma imanente beleza ou por sensações trazidas por processos sinestésicos eufóricos, mas pelo marco que ela impõe à trajetória da produção visual ao longo da história da humanidade e, em consequencia, por seu potencial reflexivo.

As manifestações bidimensionais, tradução e atualização de trabalho artístico anterior, é descrita nos contornos principais do trabalho visual aqui presente, a título de pistas para seu reconhecimento e instrumento deflagrador de pensamentos a respeito daquilo que evoca e provoca.

Conhecer ou reconhecer o trabalho de referencia não é o principal objetivo da mostra, embora se perceba o potencial lúdico dessa possibilidade: o que se quer é explorar o máximo de sentidos que um trabalho de arte possa suscitar, em termos de reflexão, aprofundando nossa visão de mundo e nossa compreensão da vida que vivemos.

Que pensamentos podemos extrair de cada trabalho artístico, tanto dos já conhecidos, adotados como referencia, como das suas atualizações verbo-visuais? De que modo eles podem contribuir para enriquecer a vida de cada um?

Participam do projeto os artistas Adriane Kirst, Danilo Calegari, Giovana Hillesheim, Janaí Pereira, Janaína Enck, Luciana Finco Mendonça, Luciane Isabel Ferreira, Rodrigo Born e Samanta Rosa, todos integrantes do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Udesc Ceart.

Quando: 08 Abril 2015, Quarta-feira, às 18 horas
Onde: Museu da Escola Catarinense
Endereço: Rua Saldanha Marinho, 196 – Centro
Quanto: Gratuito
Visitação até 30 de abril, de segunda a sexta-feira, das 13h às 19h

Colaboração: Professora Maria Cristina da Rosa Fonseca da Silva

Fonte: Calendário Floripa

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