Praia, 7 dez (Prensa Latina) O presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, advogou aqui pela busca de uma solução negociada ao conflito na Guiné Bissau, onde ocorreu um golpe de Estado no dia 12 de abril. Depois de receber o novo embaixador da Nigéria neste país africano, Ahmed Maigida Adams, o governante destacou que em aras de pôr termo à crise na Guiné Bissau nas discussões devem se envolver todos os atores políticos desse Estado.
Defendeu que esse diálogo inclusivo também precisa da presença de organismos como a União Africana e a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, cuja função é monitorizar o processo.
O tumulto de abril foi protagonizado por um grupo de militares em uns dias antes que se efetuasse o segundo turno das eleições presidenciais, às que coincidia o primeiro ministro, Carlos Gomes Júnior, depois de vencer no primeiro turno.
Como resultado do golpe militar foi deposto o presidente Raimundo Pereira.
Guiné Bissau, país do oeste da África açoitado pela pobreza e onde existe um governo de transição, tem sofrido contínuos levantamentos militares desde que como país conseguisse a independência de Portugal em 1974.