O executivo mais bem pago do país recebeu R$ 58 milhões em 2017, pela Vale. Um a serviço do Itaú Unibanco ganhou R$ 40 milhões no ano passado. Outro, do Santander, R$ 29 milhões. Os valores se referem à soma dos 12 meses de rendimentos, mais outros ganhos pagos pelas empresas.
Em média, os cerca de 20 integrantes da diretoria executiva do Itaú receberam R$ 13 milhões no ano passado. No Santander, os integrantes ganharam em média R$ 5 milhões no mesmo período. Já no Banco do Brasil, a média ficou em R$ 1,3 milhão, a menor entre os bancos.
As informações estão no portal da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na aba “Informações Periódicas e Eventuais de Companhias”.
Desde o último dia 25 de junho, é possível consultar as remunerações média, máxima e mínima de executivos de empresas de capital aberto (formado por ações da Bolsa de Valores), como Vale, Itaú e Bradesco. Como aconteceu no caso dos supersalários dos três Poderes, revelado pelo Congresso em Foco há mais de dez anos, a transparência era algo evitado pelas empresas.
A CVM, autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, estabeleceu o prazo depois de quase de 10 anos de disputa na Justiça.
No final do último mês de maio, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) derrubou a liminar que permitia que um grupo empresas não publicasse as informações sobre remunerações dos diretores e membros do conselho.
As empresas alegavam que a transparência acerca das informações, estabelecida pela Instrução 480/09, colocaria em risco a privacidade e a segurança dos executivos. A alegação é semelhante àquela usada por servidores do Executivo, do Judiciário e do Legislativo para esconder seus rendimentos extrateto.